Um problema mundial está causando em todo o Brasil o desabastecimento da vacina imunoglobulina anti-Rh (Matergam), destinada a gestantes que tem fator Rh negativo. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) vem tentando obter a medicação para atender a demanda local, mas tem encontrado dificuldade. Uma pequena quantidade foi obtida na Argentina, mas ainda é considerada insuficiente.
Segundo o diretor-geral da Maternidade Escola Santa Mônica, Telmo Henrique, o desabastecimento está ocorrendo em todo o mundo em função da falta de matéria-prima destinada à fabricação da vacina. Conforme destacou o gestor, a demanda é maior do que a possibilidade de compra do serviço de saúde em Alagoas e no Brasil. Do montante obtido, a Secretaria de Saúde do Estado está disponibilizando 30 ampolas.
O diretor-geral da casa maternal informou que a vacina é importante para a mãe que tem fator RH negativo e tem um bebê com fator positivo. Ele acrescenta que a medicação protege a mulher em uma segunda gestação, além de evitar que o bebê nasça com sequelas. Entre os problemas que podem ocorrer, estão a anemia, insuficiência cardíaca, além de um quadro neurológico grave, crise convulsiva, retardamento e flacidez muscular.
Para assegurar o acesso à vacina, entidades ligadas ao setor de saúde têm apelado ao Ministério da Saúde (MS), a exemplo da Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Como se trata de um problema de âmbito mundial, no entanto, todas elas também vem encontrando dificuldade.