A Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) interditou nesta segunda-feira (13) uma fábrica de reaproveitamento de plástico. Os proprietários foram notificados em junho por vencimento da licença e pela prática de crime ambiental. A autorização para funcionamento estava vencida havia um ano e o processo de lavagem contaminada dos produtos tinham como destino final as galerias de águas pluviais.
Por meio de denúncias, equipes de fiscalização da Sempma estiveram no local e constataram um agravante contaminante. Toda a água servida era lançada diretamente, por meio de “bombas sapo” – uma espécie de bomba submersa -, nas galerias de águas pluviais, o que não é permitido por lei. A abordagem foi feita por meio da Operação Esgoto Clandestino. Segundo o coordenador de Fiscalização, José Soares, não foi necessário colocar coloração na água, pois as irregularidades estavam evidentes.
“Não foi necessário colocar nenhum tipo de tinta para dar o contraste. Vimos claramente, quando solicitamos a abertura da bomba, o líquido sendo lançado pela rua. O proprietário disse desconhecer tal lançamento, mas não foi convincente, até porque ele não apresentou a defesa no tempo estabelecido, de sete dias úteis”, disse Soares.
O estabelecimento ficará interditado até que seja apresentada a defesa, seja efetuado o pagamento de multa pelo crime ambiental e o problema encontrado seja solucionado.
Para o fiscal Rosivam Mendes, a ação merece atenção especial pelo impacto gerado. “O que mais impressionou é que, por um lado, eles contribuem para diminuir os impactos ao meio ambiente, sendo reaproveitadores de garrafas PET e por outro lado, eram agressores ao meio ambiente, lançando líquido contaminante resultante do processo”, pontuou o fiscal.
A Sempma mantém a fiscalização de combate ao esgoto clandestino. Operações de amostra de água estão sendo coletadas em diversos estabelecimentos comerciais, empreendimentos e residências. “Os fiscais da Sempma têm autorização para autuar quem estiver prejudicando o meio ambiente em qualquer situação”, enfatizou o secretário municipal de Proteção ao Meio Ambiente, David Maia.
Em caso de irregularidades, a população pode entrar em contato com a Sempma e denunciar qualquer tipo de atividade que possa representar crime ambiental. Os contatos são: 3315-4735/4736 ou 98752-2044.
