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Meio Ambiente

Extensão rural da Seagri orienta como terapia aos internos, sobre o uso de horta medicinal

A horta medicinal tem servido de terapia para os internos

Jovens que estão em tratamento contra dependência química na Casa Dona Paula, em Arapiraca, foram orientados por uma nutricionista da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) sobre o uso e a importância de uma horta medicinal, que eles implantaram no local no início deste ano, com o auxílio de um engenheiro agrônomo da secretaria.

De acordo com a nutricionista Vanessa Montes, vinculada à Gerência Regional da Seagri no Agreste, os jovens internos acompanharam uma palestra sobre a aplicação de plantas medicinais no tratamento de doenças de menor gravidade, remédios alternativos e resgate dessa prática.

“Fizemos uma explanação sobre essas ervas e como elas podem ser usadas, pois são de baixo custo e de acesso natural”, destacou a nutricionista. “O objetivo da horta medicinal é que ela possa servir como um espaço de promoção da saúde, cidadania, aprendizado, estímulo ao resgate e valorização do conhecimento e uso racional da biodiversidade”, completou.

A horta possui 14 tipos de plantas medicinais: hortelã da folha grande e da folha miúda, poejo, cidreira, manjericão, mastruz, citronela, aroeira, arruda, babosa, arnica, vick, boldo do chile e amador. As mudas foram adquiridas por meio de uma parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura de Arapiraca.

Durante a instalação da unidade, o agrônomo Humberto Sant’ Anna, da Seagri, explicou que houve demonstração de como preparar o solo, fazer adubação orgânica, levantar canteiro, espaçamento, transplantio, manejo de irrigação e controle de ervas invasoras. Durante a implantação, segundo ele, houve ainda o início do cultivo dentro dos princípios agroecológicos.

A instalação da horta ocorreu após contato entre o coordenador da Casa Dona Paula, Bruno Oliveira, e a Gerência da Seagri em Arapiraca. De acordo com Humberto Sant’ Anna, no momento da instalação vários jovens começaram a recordar dos quintais de suas casas, das plantas medicinais que suas mães e avós tinham e como faziam os chás quando alguém estava doente.