Ex-prefeito do município de Satuba, Adalberon de Moraes foi condenado na noite desta quinta-feira, 21
O ex-prefeito do município de Satuba, Adalberon de Moraes foi condenado na noite desta quinta-feira, 21, a 34 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, pela morte, sequestro e destruição do cadáver do professor Paulo Bandeira, crimes registrados em junho de 2003. Os militares Ananias Oliveira e Geraldo Augusto, que na época do fato eram seguranças do político, foram condenados a 31 anos e a 28 anos e 8 meses de prisão, respectivamente.
De acordo com o que consta nos autos, o professor foi executado por que denunciou desvios de verbas na Educação do município de Satuba. Diversas testemunhas foram ouvidas pelo juiz John Silas, durante os quatro dias de julgamento. Na fase dos debates, o Ministério Público chegou a exibir no telão montado no Tribunal do Júri fotos do professor carbonizado. O público e os jurados ficaram chocados com as imagens.
A defesa dos militares ingressou com recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça de Alagoas. Por esse motivo, os policiais permanecerão em liberdade até que o mérito da questão transite em julgado. O único inocentado no julgamento foi o ex-assessor de Adalberon de Moraes. Marcelo José da Silva chegou a ser considerado foragido da Justiça, mas se apresentou durante o julgamento. Ele alegou que desconhecia a tramitação da ação penal.
A filha e a viúva de Paulo Bandeira acompanharam atentamente o desenrolar do julgamento. Emocionadas, elas chegaram a chorar quando o juiz leu a sentença. Ao termino do julgamento, elas conversaram com a imprensa e contaram que sentem que foi feito Justiça e que a partir de agora poderão ter paz, uma vez conseguiram que os acusados pelo crime pagassem pela morte do professor.
Paulo Bandeira foi sequestrado, torturado e queimado vivo dentro de seu veículo. O corpo do professor foi localizado no dia 02 de junho de 2003 nas terras da fazenda Primavera, zona rural de Satuba.