Centenas de alunos da rede pública e privada de Aracaju, professores e turistas participaram da Exposição Itinerante ?Mata Atlântica é Aqui?
Centenas de alunos da rede pública e privada de Aracaju, professores e turistas participaram durante todo o dia desta segunda, 22, do primeiro dia da Exposição Itinerante “Mata Atlântica é Aqui”, promovida pela Fundação SOS Mata Atlântica. O evento, que tem o apoio da Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), aconteceu no Parque dos Cajueiros, das 9 às 17h, visando levar educação e conscientização ambiental sobre o que resta de Mata Atlântica, estimulando assim a população a aprender de forma divertida sobre o bioma e como preservar o que resta dele.
Trazendo inúmeras atividades de educação ambiental, a Semarh mostrou na exposição às riquezas e potencialidades da Mata Atlântica de Sergipe, em especial as áreas protegidas. Houve também a realização de plantios de mudas de Cajueiros e Pau-Brasil , bem como a promoção de um espaço lúdico, mostrando a conexão dos ambientes terrestres e aquáticos referente à sua interdependência um com o outro.
Segundo o secretário do Meio Ambiente, Genival Nunes, no país existe apenas 7,9% de Mata Atlântica e em Sergipe 9,23%. “No Estado os maiores índices de Mata Atlântica estão concentrados no litoral sul na Mata do Castro bem como na Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre Mata do Junco, área pela qual é protegida pelo Governo do Estado”, comemora o secretário.
De acordo com a superintendente de Áreas Protegidas Biodiversidade e Florestas da Semarh, Valdineide Santana, a exposição é um momento importante para a população sergipana, uma vez que a Fundação SOS Mata Atlântica trouxe um fato novo das quais muitas pessoas não lembram, a relação da Mata Atlântica com os ambientes costeiros. Para garantir a qualidade destes ambientes, Valdineide afirma que é preciso proteger os fragmentos da Mata Atlântica que ainda restam no Estado.
“Durante essas duas semanas estaremos trabalhando para mostrar para toda a sociedade qual é a conduta que devemos ter enquanto moradores da Mata Atlântica. Vale lembrar também que com a exposição da SOS Mata Atlântica estamos fazendo uma lembrança dos ambientes costeiros, uma lembrança dos nossos estuários, do mar, das praias já que eles tem uma relação muito forte com o continente”, disse.
Exposição Itinerante “Mata Atlântica é Aqui”
Diante da vasta programação na qual contemplou diversas atividades de cunho socioambientais, a exemplo de palestras, oficinas educativas, plantios, jogos e mostras de vídeos ambientais nesse ano a exposição itinerante contou com o apoio de dois caminhões denominados como “Sala de Aula” e “Palco”.
“O caminhão Sala de Aula na verdade é um espaço adaptado para palestras, rodas de conversas voltadas para a questão da educação ambiental, já o caminhão Palco – que é direcionado para todos os públicos – é um espaço onde iremos mostrar algumas unidades de conservação no litoral da Mata Atlântica bem como a promoção de vários Quis”, explicou a responsável pela exposição itinerante, a bióloga Nadine Bittencourt.
Segundo ela o projeto circula entre 17 estados que possui áreas de Mata Atlântica, que vão desde o Rio Grande do Sul até o Piauí e que nesse ano o projeto encontra-se em seu quarto ciclo. “Esse ciclo começou no final de maio em São Paulo, passando pelo Rio de Janeiro, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife, Maceió e agora estamos em Aracaju. De Aracaju, iremos para Porto Seguro, Salvador, Búzios, Rio de Janeiro, Vitória, Florianópolis finalizando assim em Umbatuba/SãoPaulo”, revelou Nadine.
Participação
Passando pelo Parque dos Cajueiros e vendo a movimentação do evento, a professora de francês e inglês Carmem Jaqueline Grosse, que veio com sua família da Suíça, disse que eventos como esses deveriam acontecer mais vezes. “Infelizmente o Brasil não dar muita valorização para a preservação ambiental, então, quando acontecem eventos como esses já se faz uma grande diferença”, frisa.
De acordo com a adolescente Fernanda Marina, 15 anos, que estuda o 1º ano G no Colégio Atheneu Sergipense, a exposição trouxe um maior conhecimento sobre a Mata Atlântica e como se pode preservá-la já que muitos adolescentes infelizmente não ligam muito para as questões ambientais. “O legal desse evento, é que ele veio trazer essa conscientização”, disse.
