Cavalcante foi beneficiado pela progressão de regime após quase 14 anos preso
O ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante foi liberado na manhã desta terça-feira, 30 de agosto, por decisão do juiz da Vara de Execuções Penais, José Braga Neto. O ex-militar, acusado de chefiar a “Gangue Fardada” no estado, foi beneficiado pela progressão de regime que permite a concessão de um regime mais brando para aqueles que cumprem determinados requisitos, entre eles o cumprimento de um sexto da pena e bom comportamento.
Cavalcante ganha a liberdade após passar quase 14 anos atrás das grades. Ele continuará respondendo pelos crimes pelo qual foi condenado, só que agora poderá andar livremente pelas ruas. Ainda na manhã de hoje, uma audiência especial foi realizada para explicar ao ex-militar o que ele deveria, ou não poderia fazer antes do cumprimento integral de sua pena, como por exemplo, se envolver em ilícitos e freqüentar lugares públicos após as 22 horas, além de comparecer uma vez por mês na Vara de Execuções Penais, em Maceió.
O ex-coronel é acusado de vários crimes, entre eles, homicídios e receptação de veículos roubados. Caso obtenha uma nova condenação, Cavalcante será novamente preso e perderá o benefício da progressão de regime. As informações divulgadas por membros da Justiça alagoana e que investigam a morte do Cabo Gonçalves, o processo em breve será concluído e julgado. Cavalcante pode ter participação em mais esse crime.
O ex-militar sempre negou a acusações a ele imputadas. Desde quando foi preso, no ano de 1997, Cavalcante se esquivou de dizer quem seriam os supostos autores dos crimes que ele estava sendo acusado. No entanto, no ano passado ele falou pela primeira vez e denunciou os deputados estaduais Antônio Albuquerque e João Beltrão, e o ex-deputado federal Francisco Tenório como mandantes do assassinato do cabo José Gonçalves.