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Exclusivo: Penedense relata drama vivido em Nova Friburgo – RJ

Escombros e destruição formam a paisagem da cidade

Nos últimos dias a população de todo o mundo parou para assistir a tragédia que abalou cidades da região serrana do Rio de Janeiro. Até hoje (sábado, 15), o desastre já tirou a vida de mais de 550 pessoas, segundo dados da Defesa Civil, todas vítimas das enchentes ou dos sucessivos desabamentos que acontecem devido as fortes chuvas que caem na região.

O portal de notícias aquiacontece.com.br manteve contato com o penedense Bruno Moura, 23 anos, que atualmente reside na cidade de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, sendo esse o município mais devastado pela chuva, segundo dados oficiais divulgados na manhã deste sábado, 15.

Muito abalado com tudo que tem visto por lá, o penedense contou que parece estar vivendo numa guerra, onde o medo toma conta de tudo e de todos. “Eu estou bem, estou vivo, mas aqui tudo acabou. Perdi muitos amigos com essa tragédia. Será difícil recomeçar aqui. É muito triste quando amanhece o dia e você olha da janela e só ver escombros e muita destruição”, desabafou o jovem.

Bruno Moura contou também que muitos helicópteros circulam sobre a cidade durante o dia, à procura de vítimas e para tentar prevenir novos deslizamentos. O jovem disse também que em Nova Friburgo-RJ, não tem água, luz, telefonia e internet somente em alguns bairros menos atingidos pelas chuvas.

“Uma coisa que me deixa mais triste ainda é a falta de consciência de alguns empresários daqui que estão roubando a população. Para vocês terem uma idéia, um litro de leite está sendo vendido por R$ 10,00 e um galão de água de 20 litros por R$ 30,00. É um absurdo”, completou o penedense.

Mesmo enfrentando todas essas dificuldades, o jovem pode servir de orgulho e de exemplo para os filhos de Penedo. Tirando forças não se sabe de onde, o jovem se engajou em um projeto na cidade onde desenvolve um trabalho de apoio às vítimas da tragédia que comoveu o mundo.

A conversa com Bruno Moura teve que ser interrompida porque, segundo ele, voltou a chover forte e novos deslizamentos poderiam ocorrer a qualquer momento.