O Eurogrupo (que reúne os ministros da Fazenda dos 17 países da zona do euro) vai avaliar o pacote de medidas de austeridade aprovado pelo Parlamento grego no domingo (12). A reunião do grupo está marcada para amanhã (15), quando deverão ser analisados o acordo que prevê o perdão de metade da dívida do setor privado e a liberação de um novo pacote de ajuda de 130 bilhões de euros.
O plano de austeridade prevê cortes extras de 325 milhões de euros no Orçamento de 2012, que será obtido por meio da redução do salário mínimo, dos fundos de pensão, de vagas no setor público, além das privatizações que devem atingir um montante de 19 bilhões de euros.
As medidas foram uma exigência do Fundo Monetário Internacional (FMI), da União Europeia e do Banco Central Europeu para a liberação de mais recursos. Os europeus também exigem um compromisso político por escrito do governo grego, para dar continuidade à aplicação do plano depois das eleições legislativas em abril. O governo grego depende da ajuda europeia para honrar o pagamento da parcela de 14,5 bilhões de euros que corresponde aos juros da dívida.
De acordo com o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn, a aprovação do plano grego pelo Parlamento é um “avanço crucial” para o acordo. Ele disse estar confiante de que todas as condições impostas ao governo grego “estejam reunidas até quarta-feira.”
O desbloqueio definitivo dos recursos pode ser feito até o dia 1º de março, após a implantação de algumas das medidas adotadas.
A Grécia passa por uma grave crise econômica, assim como outros países da zona do euro. A França e a Alemanha, as maiores economias da região, têm exigido da Grécia medidas para conter o avanço da dívida pública. O governo grego chegou a dizer que poderia deixar a moeda única caso não recebesse ajuda financeira. A população vem promovendo greves e protestos contra as medidas de austeridade.