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Alagoas

Estudo mostrará perfil das cooperativas alagoanas

A terceira cooperativa que irá participar do censo será a Cooperativa de Colonização Agropecuária de Penedo

As 102 cooperativas existentes no estado de Alagoas serão estudadas a fundo a partir da próxima semana. A Organização e Sindicato das Cooperativas do Estado (OCB/AL) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo em Alagoas (Sescoop/AL) vão comandar o primeiro censo no ramo cooperativo realizado em Alagoas. O melhor da iniciativa é que o estudo não vai se restringir a produção das unidades cooperativas, vai também traçar o perfil dos cooperativados e de suas famílias.

A Cooperativa dos Catadores de Lixo da Vila Emater (Coopvila) e a Cooperativa de Recicladores de Maceió (Cooprel), ambas localizadas em Maceió, serão as primeiras unidades que passarão pelo censo. Uma equipe formada por professores graduados, estudantes e voluntários da própria cooperativa vai ajudar a levantar a produção, a perenidade do serviço, como andam os documentos da empresa cooperativista e conferir as atas das assembleias obrigatórias. Cerca de trinta pessoas participarão do processo.

A superintendente do Sescoop/AL, Márcia Túlia Pessoa, revelou que essa primeira etapa do censo servirá como teste para o material elaborado. “Certamente teremos questionários diferenciados de acordo com o ramo de atividade de cada cooperativa. Principalmente quando se tratar das informações sobre as famílias. Vamos a todas, queremos saber como vivem os cooperados”, informou.

O ramo cooperativista agropecuário lidera o número de cooperativas no Estado junto com a saúde, 22 de cada lado, e é justamente nesses locais que a OCB/Sescoop-AL pretende chegar.

Terceira cooperativa que irá participar do censo será a Cooperativa de Colonização Agropecuária de Penedo (Coopenedo). Lá os pesquisadores irão à casa de cada cooperado para saber o número de pessoas da família, renda mensal, se possui veículo, TV, som e até os sonhos.

“Queremos identificar os jovens, as crianças para que o Sescoop/AL possa trabalhar em cima dos anseios desses cooperados do futuro. As estáticas mostram que onde tem uma cooperativa há uma melhora significativa na qualidade de vida. Será que realmente existe?. A educação é base para formarmos um cooperativismo sustentável. E se não estiver havendo essa melhora, vamos fazê-la”, assegurou Márcia Túlia.

Com os resultados do censo a OCB/Sescoop-AL argumenta que terá mais força para lutar pelo desenvolvimento do setor. A organização conseguiu por em discussão a inclusão das cooperativas no programa de compra do governo estadual, mas a falta de números precisos impede o sucesso por completo desse pleito. “Com esses dados teremos um pelo social muito forte”