Penedo foi o que mais desmatou em 14 anos
O Atlas dos Municípios da Mata Atlântica divulgado na manhã desta quarta-feira (11) pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), mostrou que Penedo foi o município que mais desmatou do ano de 2010 até 2014, em Alagoas
De acordo com o estudo que traz os dados mais recentes sobre a situação das cidades de Alagoas, a cidade ribeirinha obteve o número mais expressivo de desflorestamento, com 59 hectares de supressão de vegetação nativa.
Porto Real do Colégio ficou em segundo lugar, seguido do município de São Sebastião. Já Santa Luzia do Norte foi o que mais preservou o bioma no período de 2000-2014 na região e conta com 28,5% de vegetação natural, comparado com a área original.
Atualmente, a Mata Atlântica é a floresta mais ameaçada do Brasil, com apenas 12,5% da área original preservada.
O ranking de desmatamento do Atlas dos Municípios, com dados de 3.429 cidades brasileiras, é encabeçado pela cidade piauiense de Eliseu Martins, que teve supressão vegetal de 4.287 hectares (ha) no período entre 2013 e 2014.
Planos municipais da Mata Atlântica
Um dos instrumentos mais eficientes para que os municípios façam a sua parte na proteção da floresta mais ameaçada do Brasil é o Plano Municipal da Mata Atlântica, que reúne e normatiza os elementos necessários à proteção, conservação, recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica. Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, reforça que o plano traz benefícios para a gestão ambiental e o planejamento do município.
“Os Planos Municipais da Mata Atlântica materializam as leis do bioma Mata Atlântica. Com novas competências de gestão ambiental, o PMMA é importante para desenvolver políticas de meio ambiente localizadas, pois é uma legislação que pactua com a própria comunidade local e a sociedade, diferentemente das demais leis do país”, afirma Mario.
