Em 2010 foram registradas 68,2 mortes por 100 mil habitantes
A divulgação na tarde desta quarta-feira, 23 de novembro, da 5ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostrou que Alagoas continua no topo do ranking dos estados mais violentos do Brasil. O estudo é realizado pela ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Ministério da Justiça.
Uma novidade não muito boa para Alagoas é a evolução no número de crimes registrados no estado. De acordo com o estudo, na “Terra dos Marechais” se mata duas vezes mais do que em outros estados brasileiros. Somente no ano de 2010 foram registradas 68,2 mortes por 100 mil habitantes, superando a média nacional que é de 21,5 mortes por 100 mil habitantes.
Os estados que ocupam o segundo, terceiro e quarto lugar no mesmo ranking, apresentaram diminuição no quesito violência. Os números de crimes ocorridos na Paraíba, Pernambuco e Rondônia são praticamente a metade dos registrados em Alagoas.
Os números apresentados pelo Anuário de Segurança Pública mostraram que houve um crescimento de 42,8% no número de homicídios registrados no ano de 2009 no Estado, que também foi maior que 2008, mostrando com isso que é preciso adotar novas políticas públicas de prevenção a violência uma vez que as que já existem não estão surtindo efeito.
Além de reunir dados sobre homicídios, latrocínios, crimes violentos letais intencionais, roubo, tráfico de entorpecentes, posse ilegal de arma de fogo, estupro, população carcerária e criminalidade juvenil, entre outros, o estudo mostra também quanto vem sendo gasto com a Segurança Pública em cada unidade da federação. Nesse quesito Alagoas não aparece na liderança. O Estado é 12º lugar do Brasil com gastos em Segurança Pública.
O resultado da 5ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública será enviado para a Organização das Nações Unidas (ONU), que deverá determinar medidas emergenciais para que a violência no Brasil, em especial Alagoas, possa regredir uma vez que o organismo internacional prevê apenas 10 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes.
Confira na íntegra a 5ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública