Professores e estudantes do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) mantem a ocupação da reitoria da instituição de ensino. O protesto iniciado nesta terça-feira, 22, no campus A.C. Simões acontece por conta do atraso na construção do hospital veterinário em Viçosa, onde o curso foi instalado em 2006. Com barracas montadas nos jardins em frente à reitoria, os manifestantes afirmam que estão dispostos a permanecer no local.
“A gente só vai sair quando a universidade apresentar propostas viáveis para a situação”, afirmou uma das estudantes que participam da manifestação à reportagem do aquiacontece.com.br. A universitária disse que os 14 alunos que estão cursando o 10º período, estudantes que fazem parte da primeira turma de Medicina Veterinária da unidade Ufal Viçosa, estão cumprindo o estágio obrigatório – última etapa do curso – em instituições situadas fora de Alagoas.
“Esse pessoal está espalhado pelo Brasil, estagiando em Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso e outros lugares justamente porque não temos hospital em Viçosa. A universidade viabilizou os estágios, mas os custos da viagem e da permanência, que não são baixos, ficam por conta do aluno”, explicou a fonte da matéria que precisou interromper o contato por telefone porque representantes da empresa responsável (Cartol) pela construção do hospital haviam acabado de chegar na reitoria.
“Eles estão mostrando documentos que contestam algumas informações divulgadas pela universidade, por exemplo, que a Ufal apresentou o projeto arquitetônico do hospital e que a empresa teria sido negligente”, disse a estudante ao final da conversa. Ela ainda comparou a ocupação dos alunos do curso de Medicina Veterinária a de um êxodo rural. “Estamos numa condição semelhante a desse pessoal que recebe terra para trabalhar, mas não conta com assistência técnica e nem condições de desenvolver a produção”.