Estudantes caminham por ruas do Centro e da Zona Portuária que foram descritas por Machado de Assis em suas obras
Nos 180 anos do nascimento do escritor Machado de Assis, estudantes do Morro do Livramento aprendem mais sobre o escritor no local onde ele nasceu e com os textos que ele escreveu sobre o lugar onde vivem.
A casa onde Machado de Assis viveu não existe mais. Mas era um lugar simples e pequeno, como as outras habitações da região. O pai, um pintor de paredes, e a mãe, uma lavadeira, trabalhavam para os donos de um casarão do século XVIII.
A entrada da Academia Brasileira de Letras (ABL), instituição que ajudou a fundar e da qual foi o primeiro presidente, conta com uma estátua em sua homenagem na entrada. É a figura que paira sobre todos os que circulam por lá.
“Um gênio absoluto de toda a nossa história literária. Machado se tornou uma espécie de educação linguística, educação sentimental do nosso país, por exemplo, nos amores de Bentinho e Capitu. Quem não conhece?”, destacou o presidente da ABL, Marco Lucchesi.
As fotos tiradas ao longo do tempo deixaram Machado mais parecido com a mãe, que era branca. Em uma das pinturas, a herança do pai, descendente de escravos alforriados, some totalmente. Na internet, uma campanha fez o inverso e surgiu o Machado real, negro.
“Machado teve sem dúvida uma agenda abolicionista, uma agenda de grande humanismo, que permeia toda a sua obra. Por exemplo, Machado se entusiasma com a lei do ventre livre. Ele sai à rua empolgadíssimo com aquilo que representava a lei do ventre livre”, explicou Lucchesi.
