Estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que estudam no Campus Arapiraca – responsável pelas unidades Penedo, Palmeira dos Índios e Viçosa – cobraram do governador Teotônio Vilela segurança para a sede da instituição de ensino federal instalada na região Agreste. As aulas em Arapiraca foram suspensas há dez dias por causa da mais recente invasão de detentos da penitenciária vizinha da unidade de ensino, pesquisa e extensão.
A pressão aconteceu durante visita do gestor tucano a Penedo nesta sexta-feira, 13. Com apoio de professores, alunos e alunas conversaram com o governador antes da solenidade de lançamento do plano para dinamização do turismo na região do Baixo São Francisco, evento realizado na Casa de Aposentadoria. Segurando uma faixa com a mensagem “Quanto vale uma vida?”, o pequeno grupo de manifestantes ouviu as explicações do governador que afirmou tentar uma medida “mais radical” do que ampliar o muro do Presídio Desembargador Luiz Oliveira Souza (PDLOS).
Rota de fuga
O aumento da estrutura entre a penitenciária e a Ufal em Arapiraca bloquearia a rota de fuga em direção ao campus, mas o governador se comprometeu com a reitoria em desativar o PDLOS, doando o prédio para a universidade. A medida implicaria na remoção de todos os detentos, desemprego dos empregados contratados e transferência dos agentes penitenciários. Por falta de vagas nas unidades do sistema prisional em Maceió, a Justiça impediu a desativação da penitenciária de Arapiraca.
A fuga registrada no dia 02 de abril gerou protestos em Arapiraca e a mobilização da comunidade acadêmica que cobra solução definitiva para o problema. O governador disse aos universitários em Penedo que tem audiência marcada em Brasília com o Ministro da Justiça na próxima quarta-feira, 18, encontro que deverá ser acompanhado por membros da bancada federal.
O objetivo da reunião é tentar conseguir recursos para a construção de um presídio em Arapiraca, investimento que possibilita a doação do PDLOS à Ufal e ainda mantém os detentos próximos de seus familiares, contato necessário no processo de reintegração social dos presos, argumento que também embasou a proibição da desativação do único presídio construído fora da capital alagoana.