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Alagoas

Estado tem cinco dias para regularizar o ensino em escolas públicas

Em 2016, o ano letivo deve contar com a presença de mais 1.700 professores

Em 2016, o ano letivo em escolas públicas de Alagoas deve contar com a presença de mais 1.700 professores dentro das salas de aulas. A medida foi determinada pelo juiz Ney Costa Alcântara de Oliveira.

De acordo com o magistrado, o Estado tem cinco dias para nomear os candidatos aprovados para o cargo de professor no concurso público realizado em 2013, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil, por após descumprimento.

A ação se deu após ser acolhido os argumentos e pedido feito pela Defensoria Pública de Alagoas, através do coordenador do Núcleo de Direitos Difusos e Coletivos, defensor Ricardo Melro.

Disse, o defensor público, que o atual governo tem todo interesse em melhorar o ensino, e a decisão vem exatamente para ajudá-lo a acabar com a precarização do ensino que há décadas traz prejuízos irreversíveis aos jovens e à sociedade. “Agora o governo pode contratar professores de verdade, ficando afastado qualquer óbice da lei de responsabilidade fiscal”, pontua o defensor.

“Em 2014, o Estado de Alagoas figurou, pela segunda vez consecutiva, no último lugar do ranking nacional das redes de ensino estadual (Ideb). Em 2013, o Fundo das Nações Unidas para a Infância constatou que Alagoas tem os maiores índices de evasão escolar no Brasil. E todos sabem que o jovem fora da escola é forte candidato a ingressar no mundo do crime, ‘coincidentemente’, temos os maiores índices de criminalidade entre adolescente do país consoante apontou a quinta edição do Índice de Homicídio na Adolescência (IHA), divulgado no dia 28 de janeiro de 2015 “, disse a Defensoria Pública, ressaltando que dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio (Pnad), tanto 2013, como 2014, demonstram que Alagoas tem os maiores índices de analfabetismo do Brasil.

Segundo a Defensoria Pública, não dá para pensar no mínimo padrão de qualidade do ensino sem falar no professor de verdade. “Mas, em Alagoas, temos que falar na falta dele e no jeitinho danoso encontrado par atalhar o problema, a saber: utilização reiterada da velha gambiarra da contratação temporária dos denominados ‘monitores’, fato que, ao invés de resolver, apenas agrava a crise em prejuízo do aluno e da sociedade”, ressaltou.

Em resposta à Defensoria Pública, a Secretaria de Estado da Educação informou, através de ofício, que atualmente existem 1.723 vagas para professor e 3.539 monitores exercendo atividade.