A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) inicia na próxima semana as obras de construção das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) de Viçosa e Palmeira dos Índios. A assinatura da ordem de serviço para construção das oito unidades foi assinada, nesta quarta-feira (11), pelo secretário da Saúde, Herbert Motta.
As obras estão orçadas em R$ 23 milhões, recursos oriundos dos governos federal e estadual. As UPAs fazem parte da Política Nacional de Atenção às Urgências, que está sendo implantada em todos os estados brasileiros.
Serão construídas UPAs no Estado do tipo I, II e III. Em Maceió, serão construídas duas unidades do tipo III. Já nos municípios de Marechal Deodoro, Maragogi, Penedo, Delmiro Gouveia, Palmeira dos Índios e Viçosa serão unidades do tipo I.
Segundo o secretário Herbert Motta, os R$ 23 milhões serão utilizados para viabilização da parte física, mas ainda haverá o processo de licitação destinado á aquisição de equipamentos. “As UPAs são estruturas de complexidade intermediária entre as unidades básicas de saúde e as portas de urgência hospitalares, que fazem parte de uma rede organizada de atenção às urgências”, explicou.
Atendimento – As UPAs integram a Política Nacional de Atenção às Urgências do Ministério da Saúde (MS) e oferecem atendimento de emergência de baixa e média complexidade 24 horas por dia. Elas são responsáveis por estabilizar o quadro clínico dos pacientes, definir um diagnóstico e analisar a necessidade de encaminhá-los a uma unidade hospitalar.
Os pacientes podem ser liberados, permanecer em observação por até 24h ou removidos a um hospital, no caso do quadro ser grave ou mais complexo.
Criado em 2002, o projeto das UPAs baseou-se em experiências de sucesso em cidades como Campinas (SP), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ). As cidades interessadas em construir unidades devem ter o serviço de Samu 192 habilitado ou estar em processo de aprovação do projeto.
As UPAs estão divididas em três modelos. As unidades do tipo I são para locais com número de habitantes entre 50 a 100 mil, possuem uma área de 700 m² e capacidade para atender entre 50 a 150 pacientes e possui cinco a oito leitos. A equipe é formada por dois médicos, sendo um pediatra e clínico geral.
Já as unidades do tipo II são para os municípios entre 100 e 200 mil habitantes, possuem área de 1000 m² e são destinadas ao atendimento de 151 a 300 pacientes por dia. Esse tipo de unidade conta com nove a 12 leitos e quatro médicos (pediatras e clínicos gerais).
As UPAs de porte III são destinadas às localidades com população entre 200 a 300 mil pessoas, possuem 1.300 m², podendo atender entre 301 a 450 pacientes, possuem 13 a 20 leitos e a equipe é formada por seis médicos (pediatras e clínicos gerais).