Para evitar que nova tragédia ocorra em Alagoas em decorrência das chuvas, secretários estaduais, entre eles o da Defesa Social, Dário Cesar Cavalcante – responsável pelo Conselho Gestor dos Fundos, se reuniram nesta segunda-feira (2) com prefeitos das cidades atingidas pelas chuvas. A reunião ocorreu na Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social (Seads) e serviu para analisar os danos provocados e as providências adotadas para atender as vítimas.
Como medida emergencial, ficou definido que as primeiras providências a serem tomadas são a transferência das pessoas que moram em áreas de risco para locais seguros, cadastramento de famílias e o encaminhamento do protocolo com os dados coletados à Seads.
Este ano, as cidades de Campestre, Jundiá, Novo Lino, São Luís do Quitunde e São Miguel dos Milagres foram as que mais sofreram com as fortes chuvas que caíram no mês de abril. O número de pessoas afetadas é de 2. 490, dados referentes ao último sábado, 30. Em São Miguel dos Milagres, pelo menos 20 casas estão destruídas ou danificadas. Entre desabrigados e desalojados, o número chega a 300.
Para socorrer as vítimas, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, já providenciou a compra de kits de abrigamento e outros itens para suprir as necessidades básicas de pelo menos 6 mil desabrigados. Na reunião, foi definido que a aquisição das cestas básicas pelo Estado será feita em regime de urgência.. Além de cestas básicas, Água, colchões, cobertores e cestas básicas, as famílias atingidas pelas chuvas necessitam também de água, colchões e cobertores.
A Defesa Civil Nacional (DCN) está liberando 800 cestas básicas, cada uma com 40 quilos. As cestas são suficientes para alimentar uma família de cinco pessoas por 15 dias. “As cestas básicas estão disponíveis nos galpões da DCN em Pernambuco e na Bahia; por isso a entrega aos necessitados será de forma rápida”, disse o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Neitônio Freitas.
Segundo ele, o órgão solicitou à DCN, além das cestas básicas, garrafões de água e 800 kits de abrigamento que são compostos por colchões, cobertor, lençol, fronha e toalha de banho. Já as doações podem também ser entregues em quartéis do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.
De acordo com o comandante geral da PM, coronel Luciano Silva, todos os quartéis estão à disposição para receber os donativos destinados às vítimas das chuvas. “Nós apoiamos o Estado e os municípios atingidos pelas chuvas e tudo que for doado será comunicado à Defesa Civil para a distribuição com os necessitados”, disse. Ele garantiu ainda que a PM está atenta para evitar possíveis saques.
O secretário se Assistência e Desenvolvimento Social, Marcelo Palmeira disse que é preciso saber quantas pessoas estão precisando de assistência. “O mais importante é que os gestores municipais atendam as pessoas dando os primeiros cuidados. No segundo momento, é que o Estado irá agir para prestar a ajuda necessária..
Palmeira lembrou que o governo estadual está conseguindo manter as famílias atingidas pelas chuvas do ano passado com três alimentações diárias com cardápio variado. “O governo está presente e trabalhando. Temos 20 cozinhas distribuindo alimentos a um alto custo. Quando entregarmos as casas às vítimas das enchentes, as cozinhas serão doadas aos municípios para serem utilizadas em ações sociais”, afirmou.
Uma das grande preocupações do governo é com a retirada definitiva das pessoas de moradias de risco. Para o secretário da Defesa Social, Dário Cesar, os municípios não podem permitir que as pessoas voltem à essas áreas, como encostas e morros.
“É preciso retirar definitivamente as famílias de locais perigosos”, alertou o secretário, acrescentando que o governo deu autorização para a construção de 100 casas em São Luís do Quitunde, mas até agora não foi disponibilizado o terreno pela prefeitura”, disse. Participaram também da reunião o secretário executivo de Defesa Civil de Alagoas, tenente-coronel Gilson Romeiro, e o deputado João Henrique Caldas.