Na parceria quem saiu ganhando foi a população de baixa renda
Um convênio para combater a exclusão digital em Alagoas e promover o desenvolvimento do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) foi firmado, nesta terça-feira (5), pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan) e pelo Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac). O acordo prevê a construção de um centro digital de acesso público à Internet, também chamado de “centrão”, e 46 bolsas de pesquisa aplicada.
A parceria se encaixa nas ações do Programa Alagoas no Mapa, voltado para a inclusão digital no Estado e desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Informática e Informação do Estado de Alagoas (Itec) e pela Seplan. O valor do convênio totaliza R$ 480 mil, sendo R$ 400 mil arcados pela Seplan e o restante como contrapartida do Cesmac.
O programa conta com uma série de iniciativas, como a construção de 50 telecentros de acesso à Internet em regiões carentes. “Isso nunca foi feito no Brasil. O primeiro centrão já foi estabelecido e será implantado no bairro da Cambona, em parceria com o Cesmac. Ainda será disponibilizada Internet sem fio (Wifi) em um raio de 1 km no entorno do centrão”, afirmou o secretário do Orçamento e do Planejamento, Sérgio Moreira.
Segundo o diretor de monitoramento da Seplan, Thiago Ávila, menos de 10% da população alagoana acessa a Internet. O projeto Alagoas no Mapa objetiva mudar essa realidade e irá incentivar a gestão do conhecimento e a inclusão digital para o fortalecimento da cidadania e do empreendedorismo no Estado.
Entre os produtos do projeto, podem-se destacar o portal De Repente (www.derepente.org), que será a página inicial dos centrões e visa promover o uso colaborativo da Internet; o Wikialagoas, portal de informações digitais sobre o Estado; e um guia de turismo colaborativo de Alagoas.
APLs – O convênio ainda conta com 46 bolsas de pesquisa aplicada, para docentes e estudantes, com foco nos Arranjos Produtivos Locais (APLs). Segundo a professora Enaura Quixabeira, os projetos desenvolvidos por professores e alunos de diversas áreas serão aplicados com o intuito de fomentar o crescimento dos APLs.
“Os Arranjos são uma aposta para o futuro. Essas vocações, identificadas pelo Estado, acabam sendo abafadas pelas atividades líderes na economia alagoana, como a cana e o setor químico. As pesquisas desenvolvidas poderão promover uma mudança no cenário econômico de Alagoas”, destacou o secretário Sérgio Moreira.