Sergipe se tornou um polo de atração de empresas e indústrias nos últimos anos. A combinação de uma política de desenvolvimento industrial com a boa infraestrutura oferecida pelo Estado impulsionou a fixação de mais de cem novos estabelecimentos empresariais, gerando milhares de empregos. Entre 2014 e 2015, foram aprovados 55 empreendimentos que, juntos, vão proporcionar a geração de mais de mil novos postos de trabalho.
Os números mostram o dinamismo da economia do Estado, que diversificou seu parque industrial e estimulou a interiorização dos investimentos, tornando o desenvolvimento mais homogêneo. A prova disso é que cerca de 70% das 175 empresas atraídas desde 2007 para Sergipe se instalaram em municípios do interior, a exemplo de Estância, Itabaiana, Itaporanga D’Ajuda, Simão Dias e Tobias Barreto, entre outros.
Os empreendimentos são nas áreas de confecção, cerâmica, fertilizantes, embalagens plásticas e de alumínio, bebidas, mobiliário, calçados, fabricação de móveis e colchões, laticínios, entre outros, que têm levado desenvolvimento e renda para os municípios onde estão sendo instalados, e contribuído para fixar os habitantes em seus locais de origem.
Destaque
Com uma localização favorável, próximo dos estados de Pernambuco e Bahia, e uma malha viária moderna, que faz com que os custos da distribuição de produtos ou insumos a partir daqui sejam menores para outras regiões, Sergipe tem se destacado no Nordeste.
Tendo como uma de suas metas a interiorização do desenvolvimento, o Governo do Estado aposta no tripé que abrange incentivos fiscais competitivos, ambiente de negócios simplificado, favorável e acima de tudo ético, e localização geográfica estratégica para celebrar o sucesso alcançado nos últimos anos, com a chegada de grandes empreendimentos para Sergipe. Uma dessas empresas, a Indústria Vidreira do Nordeste (IVN), está em obras na cidade de Estância e promete ser a quarta e mais moderna empresa da Verallia no Brasil, fábrica de embalagens de vidros da multinacional Saint-Gobain. A previsão de início das atividades é em dezembro de 2015, com geração de 195 empregos quando atingir o pleno funcionamento, a partir de um investimento de mais de R$ 250 milhões.
Outro grande empreendimento, o grupo empresarial M. Dias Branco assinou protocolo de intenções com o Governo do Estado para instalar uma unidade de produção de cimento em Sergipe, em local a ser definido e por meio da subsidiária cimento Apodi. O investimento será de R$ 1 bilhão e o projeto industrial será constituído de uma unidade de produção de cimento, operando desde a mineração até o ensacamento do produto e com capacidade de produzir quatro mil toneladas/dia. Somente durante a construção da fábrica serão gerados dois mil empregos. Já na fase de funcionamento devem ser criados 383 novos postos de trabalho diretos. A unidade atenderá os mercados sergipanos e de outros Estados do Nordeste. Atualmente, Sergipe possui três fábricas atuando no mercado: Grupo Votorantim (Laranjeiras), Itaguassu (Nossa Senhora do Socorro) e Mizu (Pacatuba).
Principal projeto industrial que vem sendo realizado em Sergipe, a implantação da primeira indústria automobilística do estado, a montadora de veículos Amsia Motors deverá colocá-la em uma posição de vanguarda no ramo com a produção de veículos não poluentes, movidos a eletricidade e utilizando o que existe de mais moderno e inovador no mundo em termos de tecnologia automotiva. A montadora vai produzir veículos automotores híbridos e elétricos, com expectativa de gerar aproximadamente quatro mil empregos diretos, onde será investido um montante aproximado de R$ 1 bilhão.
Ainda com relação à Amsia, sua planta industrial deverá ser instalada no município de Barra dos Coqueiros, num terreno próximo ao Parque Eólico, nas imediações do antigo projeto do Polo Cloroquímico. No momento, os investidores estrangeiros estão tratando do registro na Junta Comercial de Sergipe do empreendimento produtivo que tem o potencial de mudar a estrutura industrial de Sergipe.
Interiorização do gás
Preocupado em atender as demandas dos empreendimentos que pretendem fixar suas unidades de produção no interior, o Governo de Sergipe, através da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) já iniciou as conversas com os dirigentes da Sergás, a fim de ampliar a oferta de gás natural para as indústrias.
“O Governador Jackson Barreto colocou como prioridade levar mais investimentos ao interior e estamos trabalhando para levar o produto para os municípios, visto que até os próximos cinco anos a previsão é que a disponibilidade em Sergipe aumente de 3 milhões m³ de gás/dia para 18 milhões m³ gás /dia”, informou o secretário Francisco Dantas.
Diversificação
De acordo com o secretário, a economia sergipana deu um salto quantitativo e qualitativo nos últimos anos. Além do crescimento fundamentado na evolução econômica do país e do Estado, o parque industrial renovou-se, ampliando o número de indústrias e diversificando as linhas de produção.
“Atualmente Sergipe abriga empresas dos setores de telemarketing, artefatos plásticos, metalurgia, fabricação de colchões, beneficiamento de arroz, confecção, curtume, artefatos de cerâmica, fabricação de especiarias, molhos e condimentos, comércio e indústria de cabos elétricos para fins automotivos, tecelagem de fios de algodão, artefatos de cimento, minerais não metálicos, produtos químicos, dentre outros”, detalhou Francisco Dantas ao afirmar que Sergipe continuará crescendo.
CDI
Responsável pelo assessoramento do Governo estadual na formulação e execução da política do desenvolvimento industrial de Sergipe, o Conselho de Desenvolvimento Industrial (CDI) reúne mensalmente seus representantes para deliberar projetos que objetivam receber os benefícios previstos no Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), administrado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise).
Presidido pelo vice-governador Belivaldo Chagas e tendo como vice-presidente o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Francisco Dantas, o CDI é responsável por discutir a deliberação e aprovação de projetos para empreendimentos – instalação ou implantação de atividades industriais em Sergipe – que pretendam obter incentivos fiscais e locacionais do Governo do Estado.
Além da Sedetec, participam do conselho órgãos e entidades do Estado como a Federação das Indústrias e a dos Trabalhadores nas Indústrias, Banese, Associação dos Empresários de Obras Públicas e Privadas, bem como as secretarias de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão; da Agricultura e do Desenvolvimento Rural; da Infraestrutura e do Desenvolvimento Energético Sustentável; da Fazenda; e do Turismo.
