Operação integrada fiscaliza transporte de cargas perigosas
A Comissão Estadual do Programa de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida (P2R2) aos acidentes com produtos perigosos realizou nos dias 20 e 21 de setembro uma ação conjunta com os órgãos do governo federal para fiscalizar o transporte de produtos perigosos na BR-101 na cidade de São Sebastião a 122 km de Maceió.
O grupo técnico, formado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Instituto do Meio Ambiente (IMA), Corpo de Bombeiros Militar de Estado de Alagoas (CBMAL), Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), sob coordenação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), está mapeando o transporte de cargas perigosas em Alagoas, iniciando uma série de fiscalizações para coleta de dados. As informações vão ser utilizadas na elaboração de um sistema de gestão do tráfego de produtos perigosos e riscos ambientais.
Segundo o representante da Defesa Civil, capitão Marcos Paulo, o órgão coordena a ação que tem caráter preventivo, mas pode ser punitiva. “Realizamos reuniões periódicas com os órgãos que devem atuar em caso de emergência. Nas fiscalizações verificamos origem e destino da carga, rotas de deslocamento, tipo de material mais transportado, entre outras informações sobre as cargas perigosas em trânsito no Estado”, afirma o capitão que disse ainda que os dados sobre os as informações dos caminhões que transitam nas rodovias alagoanas serão divulgados no site da Defesa Civil, no endereço www.defesacivil.al.gov.br.
O Programa de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida foi criado em 2004 pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), através do decreto federal nº 5.098, com o intuito de aperfeiçoar o atendimento de emergências e o intercâmbio de informações entre os estados e a federação após a ocorrência de acidentes químicos de grandes proporções.
A Secretaria de Saúde é a responsável pelo primeiro projeto que irá mapear o trecho da BR-101 que fica entre as cidades São Miguel dos Campos e Messias. O intuito é melhorar a qualidade ambiental em todo o território nacional, por meio da ampla abrangência dos empreendimentos ou atividades que possam causar acidentes ambientais com carga perigosa.
A Operação
Durante os dois dias de operação, foram parados cerca de 25 caminhões, entre eles, alguns chamaram a atenção, a exemplo de um caminhão dos Estados Unidos que transportava produto radioativo do Rio de Janeiro e não tinha autorização para transportar. O veículo foi multado por falta de Autorização para Transporte de Produtos Perigosos (ATPP) e licença ambiental.
