Marcas da violência ficaram estampadas no carro do prefeito
O Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg), órgão ligado a Secretaria de Estado da Defesa Social (SDS) decidiu em reunião realizada nesta terça-feira, 22 de maio, atender ao pedido do prefeito de Piaçabuçu, Dalmo Santana Júnior (PSB), e conceder segurança particular para o político que foi vítima de um atentado a bala na noite do dia 10 de maio nas imediações do Povoado Sudene.
Desde o dia que atentaram contra sua vida, o gestor municipal vem despachando fora do prédio da Prefeitura. Com a decisão do governo estadual, o político poderá voltar ao município ribeirinho para continuar conduzindo os destinos da cidade que no dia 31 de maio completa 130 anos de emancipação política. A partir de agora, o Dalmo Júnior viverá escoltado por policiais militares.
O prefeito recebeu a notícia com felicidade e declarou que voltará ao município para tentar retomar a vida, mesmo sabendo que o pânico e a certeza de que poderia ter sido mais uma vítima da violência que assola o estado de Alagoas permanecerá para sempre em sua cabeça.
Dalmo Júnior sofreu um atentado a bala por volta das 23 horas do dia 10 de maio, minutos após sair da sede do executivo municipal na companhia de seu motorista. Antes de ir para casa, Dalmo Júnior deixou o amigo em casa e seguiu em direção a sua residência, mas antes de chegar a seu destino viu um carro com os faróis alto se aproximar. Na oportunidade, os criminosos dispararam frontalmente dois tiros em direção ao lado do carona, onde supostamente o prefeito estaria.
Assustado, o político acelerou o carro e tentou fugir, mas foi seguido pelos criminosos por boa parte da rodovia. Ainda segundo a polícia, o prefeito achando que não conseguiria escapar do atentado usando o carro, abandonou o veículo e fugiu a pé por um matagal, terminando por se esconder em uma chácara da região.
Ao avistarem o carro de Dalmo Júnior, os criminosos se aproximaram e mais uma vez dispararam do lado do carona cerca de 10 tiros. O prefeito não foi atingido por nenhum dos disparos. A possibilidade de o crime ter tido motivação política não foi descartada pela polícia.
