
Fielzão precisa se adequar às exigências da FIFA
Não está andando como se esperava, as obras de construção do estádio do Corinthians, em Itaquera, Representantes do Comitê Organizador Local de São Paulo afirmaram que otimismo não é exatamente a palavra que melhor resume seu estado de espírito após as últimas duas reuniões, realizadas na semana passada, com integrantes da diretoria corintiana para discutir o assunto. Cada lado defende argumentos diferentes, o que transforma as reuniões em verdadeiras Torres de Babel.
Como principal fatorde crítica, eles falam sobre o comportamento dos diretores alvinegros. Pessoas que acompanharam os encontros dizem que os representantes do clube adotaram discurso intransigente, quase arrogante. “Eles [dirigentes] apresentaram o projeto pronto, engessado, sem espaço para adaptações”, explicou um dos técnicos envolvidos no trabalho. “Muitas questões ali não estão de acordo com o que estabelece a Fifa, sobretudo para um estádio onde se pretende realizar a abertura do evento. Além do que, existe toda uma discussão interna do Corinthians quanto à qualidade do material ali utilizado. É óbvio que a construtora quer gastar o menos possível, enquanto a equipe de arquitetos que assina o projeto deseja materiais de primeira.”
No Parque São Jorge, o projeto da arena corintiana é coordenado diretamente pelo diretor de marketing, Luiz Paulo Rosenberg. É sobre ele que recaem as principais críticas em relação à intransigência nas adaptações necessárias. Participantes das reuniões classificaram como “tensas” as discussões recentes e dizem que o clube conta muito com a força de costuras políticas para aprovar o projeto sem maiores discussões. O Estado tentou contato com Rosenberg, que não retornou as ligações.
Outro aspecto que tem tirado o sono da Fifa é a apresentação da empresa que bancará a ampliação de 42 mil para 65 mil lugares, necessária para receber a abertura do Mundial e orçada em, aproximadamente, R$ 200 milhões. Espera-se que tudo esteja definido até o dia 31 de janeiro, data marcada para a apresentação das garantias financeiras. A obra completa deve custar algo próximo a R$ 600 milhões. O Corinthians calcula que as obras comecem em março.