A avicultura e a ovinocaprinocultura do Estado ganham força com a implantação da Estação de Desenvolvimento Tecnológico do Alto Sertão, um centro de desenvolvimento e difusão de tecnologias rurais, que será gerido pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e funcionará nas instalações do Instituto Xingó, em Piranhas.
O investimento total é de cerca de R$ 2 milhões, R$500 mil do apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid) e R$ 1,5 milhão pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A ação é fruto da parceria entre a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e a Seagri, e conta com o apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento. No local, também será implantada uma biofábrica, composta por laboratório e estufa, para produção e multiplicação de sementes e mudas, com foco na produção de forragens à base de palma e sorgo.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior, esta parceria irá revolucionar os estudos e pesquisas que fortalecem a agricultura na região, dando novas alternativas e possibilidades, principalmente, para o desenvolvimento das cadeias produtivas de ovinocaprino e avicultura.
“O Governo do Estado está sempre de olho em parcerias que tragam mais desenvolvimento e coloquem Alagoas em destaque nacional, mas, principalmente, que transformem a vida das pessoas e melhorem toda e qualquer possibilidade de produção. Temos que reconhecer o potencial agrícola de cada região do Estado e trabalhar com foco no fortalecimento de cada cadeia produtiva, afinal, é da terra que as pessoas tiram seu sustento, é a terra, que pode oferecer geração de renda, emprego e inclusão social, no interior de Alagoas”, destacou o secretário, José Marinho.
Segundo Marinho, tanto a Estação de Desenvolvimento Tecnológico como a biofábrica, irão beneficiar milhares de agricultores familiares em todo o Estado, mas, principalmente, da Bacia Leiteira e do Sertão, com a realização de pesquisas agropecuárias e produção de sementes, além de mudas de árvores e frutas.
“Os agricultores destas regiões contarão com um espaço pronto para a realização de estudos, capacitações e pesquisas de campo, que permitem a disseminação de conhecimento e a integração entre os participantes, já que na Estação, serão instalados auditórios, laboratórios e alojamentos, para no caso de capacitações mais longas. Já com a biofábrica, será possível a produção de mudas de palma, sorgo, leucena, glicídeas, cajá, umbú, essências nativas, entre outras, variedades adaptadas ao semiárido, todas produzidas com sanidade, vigor e qualidade genética, visando o aprimoramento da produção”, finalizou.
Mesmo sem funcionar, completamente, o centro já conta com 17 caprinos que servirão para estudos direcionados ao melhoramento genético com itens como transferência de embrião, além de uma casa de forragem. Estudantes de outros estados também já estão realizando pesquisas com ovinos e caprinos no local.
Apesar da gestão da Estação de Desenvolvimento e Difusão de Tecnologias Rurais ficar por conta da Seagri, o projeto também conta com o apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Sebrae Alagoas, Emater, Embrapa, Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e Inovação (Secti), Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Instituto Ambiental Brasil Sustentável (Iabs) e Prefeitura de Piranhas.
