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Negócios/Economia

Estabilidade da economia de Alagoas favorece aumento de emprego

Aquecimento do comércio é responsável pela oferta de vagas

A instalação de indústrias, hotéis e lojas no Estado são fatores que contribuem de forma positiva para o aumento do emprego temporário em Alagoas. A informação é do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Wilson Barreto.

Ele afirma que o anúncio do pagamento do salário dos servidores estaduais da primeira faixa salarial no mês trabalhado e a garantia do pagamento do 13º no prazo legal refletem em segurança para os lojistas, que contratam trabalhadores, confiantes na injeção de recursos no comércio. “O 13° e o salário pago em dia são pontos positivos para o aumento da geração de emprego e antecipação da contratação temporária”, afirmou.

Segundo Wilson Barreto, o setor que já demonstra aquecimento de vendas, batendo recorde em relação aos anos anteriores, é o automotivo, graças à situação econômica do Estado, à baixa de juros e à facilidade dos financiamentos.

A contratação temporária do comércio alagoano deve fechar o mês de dezembro com 3,5 mil novos empregados, segundo estimativa dos dirigentes das entidades representativas.

Os segmentos de eletroeletrônicos, vestuário e calçados continuam sendo a expectativa de maior aquecimento do comércio, de acordo com o titular da CDL. De acordo com ele, geralmente no segundo semestre, há um aumento gradual de emprego pelo início da safra da cana de açúcar.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio) calcula um incremento de 10% nos negócios do varejo local, no período entre setembro e dezembro. De acordo com o dirigente da instituição, Wilton Malta, somente em dezembro as vendas devem crescer no mínimo 10% em se comparando ao mesmo mês do ano passado. “As grandes redes varejistas já estão contratando e capacitando mão de obra temporária”, destacou.

O conferencista de mercadorias Cristiano Santos Lima é um dos trabalhadores alagoanos que asseguraram sua vaga no mercado de contratações temporárias. Após bater em várias portas com o currículo em mãos, conseguiu se encaixar em uma rede de supermercados da capital alagoana no cargo de conferencista.

“Sabemos que as empresas contratam por tempo limitado e que em janeiro boa parte é demitida, mas já que consegui, vou me empenhar para ser da pequena parcela que consegue ficar”, disse Cristiano. Ele contou que foi contratado este mês pelo período de 45 dias – que pode ser prorrogado pelo mesmo período -, segundo determina a lei trabalhista. “Já tenho experiência no setor e acredito que tenho grandes chances de ser contratado de forma definitiva”, disse o jovem de 26 anos.

Wilton Malta sustenta que as lojas de pequeno e médio portes geralmente reforçam os quadros de pessoal em outubro. “A maioria das vagas já está sendo ofertada no Sistema Nacional de Empregos (Sine) ou nas lojas que expõem placas com o anúncio de que precisam de vendedores”, reforçou. De acordo com Malta, a fase positiva das contratações se deve também as facilidades que o comércio tem oferecido nas formas de pagamento e parcelamentos.

O presidente da Aliança Comercial dos Retalhistas, João Correia, acrescentou que, desde o início de setembro, a instituição vem capacitando trabalhadores selecionados pelo comércio para o emprego temporário. Ele destacou a falta de qualificação da mão de obra dos alagoanos como agravante que dificulta as contratações.

“O lojista está exigente porque o consumidor quer qualidade no atendimento. O profissional qualificado não fica fora do mercado de trabalho” advertiu. De acordo com ele, o pagamento da primeira parcela do 13º salário – por parte do governo federal – aos aposentados também animam o comércio.