A candidíase vaginal é uma infecção fúngica, causada com maior frequência pelo fungo da espécie cândida albicans. Associada a múltiplos fatores, a doença provoca sintomas como corrimento, coceira, ardência ao urinar, fissuras e dor durante a relação sexual.
Um dos fatores preponderantes para o surgimento da enfermidade são as escolhas alimentares com alto teor de açúcar, que tendem a interferir no equilíbrio dos microorganismos intestinais e, por consequência, vaginais, tornando o corpo propício à proliferação fúngica.
De acordo com a nutricionista do município de Maceió, Carla Marinho, a íntima relação entre alimentação e candidíase é evidente e deve ser respeitada para o sucesso na prevenção e no tratamento da doença.
“Toda mulher já possui a cândida albicans em sua flora vaginal, mas a alta ingestão de açúcar na alimentação e o baixo consumo de alimentos prébióticos e probióticos pode desequilibrar a microbiota intestinal por favorecer o crescimento exagerado de patógenos como os fungos, refletindo, com isso, na flora da vagina”, explicou a nutricionista.
Manter uma rotina com escolhas saudáveis traz efeitos benéficos tanto na prevenção como no tratamento da candidíase. Dormir bem, se exercitar, controlar o estresse são algumas estratégias que aumentam o sistema imunológico e auxiliam no bom funcionamento do corpo como um todo.
No aspecto inerente a alimentação, Carla Marinho destaca dicas de prevenção da doença.
“Consumir boas fontes de fibras que atuam como prebióticos, ou seja, como alimento dos microorganismos “do bem”, vão garantir que esses soldados estejam em maior quantidade no intestino.
Além disso, o consumo de fontes de lactobacilos e a adoção de uma alimentação pobre em carboidratos refinados como açúcar vai atuar de forma decisiva para o equilíbrio da flora intestinal e, consequentemente, impedirá o desenvolvimento da candidíase”, esclareceu.
Como estratégias de tratamento, a profissional exemplifica alguns alimentos que, naturalmente, são fontes de substâncias antifúngicas como opções imprescindíveis para as pessoas que já estão com a infecção instalada.
“Temos o exemplo do orégano, que é fonte de carvacrol – substância com alto poder antifúngico e pode ser usado no preparo de alimentos, em forma de chá ou até em forma de óleo para ter uma maior concentração da substância. O alho também tem excelente poder antifúngico, já que possui a alicina em sua composição natural e pode ser incluído nas preparações”, disse.
Assim como os citados pela nutricionista, existem outros alimentos capazes de auxiliar no processo de tratamento da doença. De acordo com Carla Marinho, também é importante incluir no tratamento a utilização de cepas probióticas, que também irão auxiliar no processo de recuperação da microbiota intestinal que se encontra em desequilíbrio.