Compartilhar experiências bem-sucedidas com leituras de obras literárias e produção de textos nas salas de aula. Com esse objetivo, nove escolas da região da Zona da Mata participaram, nesta terça-feira (2), da 3ª Jornada de Experiências com Leitura e Escrita (Jele), realizada no auditório do Shopping de Rio Largo.
O evento, organizado pela 12ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), começou às 9 horas e prosseguiu até o início da tarde, com as escolas se revezando nas apresentações dos trabalhos. “Este já é o terceiro ano seguido que nós realizamos esta jornada, que faz parte do nosso projeto de incentivo à leitura e à escrita”, explica a pedagoga Betânia Leite, chefe de Núcleo de Rede da 12ª CRE.
Segundo Betânia, em cada escola, os alunos desenvolveram um trabalho específico, com base nas orientações e sugestões dos professores e coordenadores. “Desde a nossa primeira jornada, constatamos a melhoria considerável dos nossos alunos com relação à leitura e à produção de textos”, destacou a organizadora do evento.
Apresentações
A jornada começou com as palavras das pedagogas Betânia Leite e Edeilda Silva, esta última chefe da Unidade de Apoio Pedagógico às Escolas da 12ª CRE. Depois, cada escola apresentou seus trabalhos.
Os alunos da Escola Estadual Arthur Ramos, da cidade do Pilar, abordaram os escritores nordestinos e deram destaque à obra de Ariano Suassuna, com o estudo e adaptação da obra “O Auto da Compadecida”.
“Pesquisamos a biografia do autor e passamos o texto dele da literatura para o teatro. Isso despertou o interesse dos colegas pela filmagem da encenação da obra do Suassuna”, explicou Renata Falcão, 17 anos, que apresentou o trabalho da escola junto com mais dois colegas, Raíssa Jucélia dos Santos, de 15 anos, e Bruno Rafael Severo, 18.
Já os professores Thais da Silva, Danilo Monteiro e João Paulo Carvalho, que lecionam Língua Portuguesa na Escola Estadual Manoel Gentil do Vale Bentes, na cidade de Satuba, apresentaram um projeto de leitura com ênfase na produção textual e teatral.
“Nos dias de hoje, onde temos tantas distrações e atrativos tecnológicos, é um desafio fazer um adolescente se interessar pela leitura e literatura. Por isso, optamos pela encenação de textos para atrair o maior número possível de alunos”, revelou Danilo Monteiro.
Para Thais, a jornada é importante porque serve para socializar as práticas desenvolvidas em cada escola. “Esse intercâmbio é interessante, porque além de você mostrar o seu trabalho, você aprende com os trabalhos dos outros”, argumentou.
Além das duas escolas estaduais citadas, participaram também da 3ª Jornada outras sete unidades de ensino ligadas às 12ª CRE: Doralice de Moura, com “Leitura e Arte”; Ozória de Moura Lima, com “Livro vai, livro vem”; Judith Nascimento, com “Minha escola lê”; Mário Gomes de Barros, com “Seminário Remático de Literatura”; Oliveira e Silva, com “Formando leitores e descobrindo talentos”; Claudizete Lima Eleutério, com “Sarau Literário” e a Escola Estadual Tabuleiro do Pinto, com o trabalho “A contextualidade através dos mapas conceituais”.