Equipe vencedora apresentou estudo sobre o “Quebra do Xangô” de 1912 - Reprodução
A Escola Estadual Rocha Cavalcanti, de União dos Palmares, foi a vencedora da quinta edição da Olimpíada de História de Alagoas (OLHAL). A premiação aconteceu nesta terça-feira (3), na Escola Estadual Moreira e Silva, durante o Encontro Estudantil. Também foram premiadas as equipes das escolas estaduais Indígena Mata da Cafurna, de Palmeira dos Índios, em 2º lugar, e Julieta Ramos Pereira, de Paripueira, em 3º lugar.
A Olimpíada de História tem como proposta estimular o estudo da história afroindígena alagoana e preparar os estudantes para avaliações externas. Ela foi realizada em três etapas e contou com a participação de 398 equipes e 1194 estudantes de 167 escolas. A terceira e última fase aconteceu na terça-feira e, na ocasião, 13 equipes, cada uma representando uma Gerência Especial de Educação (GEE), apresentaram projetos de pesquisa tendo como temas norteadores “Alagoas, sua História e sua Gente”; “Alagoas, Espaço de Resistência” e “Mulheres na História de Alagoas”.
RESGATE DA HISTÓRIA
Orientada pela professora Luana Tavares, a equipe da Escola Estadual Rocha Cavalcante apresentou o projeto “De que modo o Quebra de Xangô de 1912 impactou os cultos afro em Alagoas e quais estratégias de resistência cultural e social as comunidades afro-brasileiras em Alagoas encontraram?”. O tema aborda o ataque a religiosos e 70 casas de matriz africana de Maceió e é considerado o maior episódio de intolerância religiosa do país.
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Aluna da 2ª série do ensino médio, Rhuana é uma das expositoras do projeto e fala como a equipe se preparou para sua apresentação. “Passamos dois meses estudando e nos preparando para chegar aqui. Escolhemos este tema porque percebemos que muitos adolescentes não sabiam o que foi a Quebra de Xangô e porque um evento como este é uma oportunidade de reforçarmos a necessidade de se combater a intolerância religiosa”, destaca Luana que, junto com seus colegas, havia ganho Menção Honrosa na OLHAL em 2023.
Diretor adjunto da escola, Reginaldo Vilela, fala com orgulho da premiação. “Já temos uma tradição de participar da OLHAL, é um evento que a gente percebe que os estudantes gostam muito. Além disso, o tema escolhido permitiu uma discussão sobre a importância de se combater a intolerância religiosa e apoiar toda a diversidade cultural que a nossa terra”, ressalta.
O coordenador da OLHAL, Ricardo Santos, também faz uma análise positiva do evento. “Os projetos apresentados refletem a vivência dos estudantes e sua relação com o território da escola. Todas as 13 equipes trouxeram elementos históricos que impactam a comunidade escolar evidenciando fatos e pessoas que influenciaram a história local. Além disso, a equipe vencedora receberá três bolsas de Iniciação Científica Jr. para os/as estudantes regularmente matriculados/as na rede pública estadual de ensino de Alagoas no ano letivo de 2025”, informa.
Agência Alagoas