Alunos das salas interditadas na Escola Estadual Clementino do Monte estavam assistindo aulas no corredor
A Escola Estadual Clementino do Monte isolou cinco salas de aula por conta do risco de desabamento do telhado, medida tomada na última quinta-feira que obrigou a direção da unidade de ensino situada em Penedo a improvisar. Os alunos do setor interditado passaram a ter as aulas no corredor de outro setor da escola, situação divulgada pelo portal de notícias Aqui Acontece que repercutiu na mídia alagoana. Coincidência ou não, as providências foram tomadas de imediato, com determinação de reforma geral prevista para começar nesta quarta-feira, 04.
A reportagem voltou ao Clementino do Monte na tarde de ontem, quando a escola já havia recebido a visita de pessoal técnico enviado pela Secretaria Estadual de Educação e Esporte (SEE). “O secretário Rogério Teófilo determinou que a gente encontre, junto com o pessoal da Coordenação de Ensino, um espaço para receber os alunos enquanto durar a reforma”, informou Railde Santos Gonçalves, diretora da unidade que já suspendeu seu funcionamento regular.
“A nossa maior dificuldade está sendo encontrar um local adequado para as oito turmas que funcionam pela manhã. Estamos tentando contato com o dono de uma casa situada próxima do Clementino, onde já funcionou uma escola particular, para esses estudantes”, acrescentou a diretora. Já os estudantes das quatro turmas da tarde deverão ocupar salas ociosas do Ernani Méro ou do Comendador José da Silva Peixoto, ambas escolas da rede estadual.
Uma outra unidade do Estado, a Ermínio de Freitas, também deve ser o novo destino das turmas do período noturno. A opção é mais viável por conta da localização da escola, praticamente vizinha do Clementino do Monte, o que facilitará o deslocamento das três turmas que, em sua maioria, são formadas por estudantes que moram na zona rural e dependem de transporte escolar para freqüentar as aulas. A proximidade das duas escolas não causará mudanças no percurso dos ônibus, trajeto que determinam o valor pago pelo Estado pelo transporte.
O anúncio de reforma geral surpreendeu a direção da Escola Clementino do Monte, que já amargava a espera de mais de um ano pela realização dos reparos na ala interditada. Durante contato direto com o secretário da SEE, Rogério Teófilo, conselheiros escolares e diretoras ouviram a promessa que os serviços seriam feitos “o mais rápido possível”, conforme dito pela diretora à reportagem do site, apresentado cópia de ofício da solicitação do serviço em junho de 2009.