A busca por ofertas e descontos faz parte da vida de todo o brasileiro. Por isso, o comércio costuma ficar mais agitado em alguns períodos do ano. Entre novembro e dezembro, a Black Friday e o Natal são os responsáveis pelos principais gastos. A Betway fez uma análise mais profunda sobre esses dois períodos de ofertas, e mostrou quais as principais diferenças entre o feriado de final de ano e os descontos da data recém-importada da cultura norte-americana. São diferenças grandes, mas que ajudam o consumidor na hora de procurar um produto.
Uma das primeiras diferenças, como explica o educador financeiro Felipe Nogueira, é o aspecto cultural. As festas natalinas fazem parte da rotina do brasileiro há alguns anos, enquanto a Black Friday é algo que ainda está ganhando espaço no país. “O Natal é uma data que já está na vida dos brasileiros desde sempre e isso gera gatilhos emocionais, além disso, nessa época, a maioria dos brasileiros já receberam o décimo terceiro salário, o que gera um movimento maior na economia”, conta o especialista.
Isso é essencial para entender as diferenças entre as duas datas, como mostram os gráficos comparativos do blog Betway Insider. Os descontos do final de novembro são focados em um dia, ou no máximo em uma semana. São poucos momentos de promoção, fazendo com que as compras sejam mais pontuais e baseadas em oportunidades. Em dezembro, as ofertas duram quase o mês inteiro, aproveitadas até mesmo antecipadamente. Ou seja, são períodos com grandes diferenças na intenção dos consumidores.
Outra discrepância entre as datas é o meio utilizado para se fazer compras. A Black Friday costuma ter um apelo maior no e-commerce, com mais de 70% das pessoas comprando pela internet. O Natal entrega um equilíbrio maior, com 45% preferindo fazer compras exclusivamente em lojas físicas. Novamente, é algo que pode ser entendido em uma comparação que envolve um momento tradicional, com as festas natalinas, e algo mais novo, com as ofertas de um dia apenas.
Diferentes faturamentos
Se olharmos para os gastos nestes dois períodos, algo que pode ser injusto pelas diferenças, a vantagem do Natal é alta. Os dados disponibilizados pela equipe da Betway, site de blackjack online (21 online), mostram que as compras natalinas geram um faturamento 38 vezes maior nas lojas físicas. A Black Friday teria que faturar algo em torno de R$ 350 bilhões para se aproximar da média natalina. Algo praticamente impossível, pois a tendência é exatamente oposta.
As compras físicas durante a última semana do mês de novembro estão em queda, com o foco ficando 100% no e-commerce. Isso significa que a vantagem do Natal deve continuar grande no futuro. A tabela disponibilizada pela equipe mostra uma diferença grande, mas perspectiva de mudança. No caso do varejo digital, o Natal e a Black Friday estão separados por apenas R$ 1 bilhão. É possível que isso mude neste ano, ou até mesmo em 2023.
Entretanto, uma equiparação no geral é impossível por agora. O Brasil ainda precisa estimular o e-commerce, seja garantindo o acesso para mais pessoas, ou então dando suporte para mais empresas no segmento. Por enquanto, a diferença entre as duas datas devem se manter, pois é a parte do cultural do brasileiro que fala mais alto na hora do consumo.
Campanhas de marketing
A forma com que as lojas abordam os clientes também é diferente nas duas datas. Afinal, como mostramos, o objetivo com os produtos é completamente diferente. No entanto, Augusto Vieira, especialista em marketing digital, acredita que em todas as situações é preciso diversificar. “É importante que o empresário não pense somente nas vendas online e não somente nas lojas físicas, e sim um misto dos dois, já que o comportamento do consumidor está voltado para vários canais ao mesmo tempo.”
Isso mostra como é preciso olhar a propaganda de maneiras diferentes. Na época do Natal, a urgência não existe e as compras se desenrolam durante o mês de dezembro. A Black Friday acontece em apenas um dia, com algumas ofertas antecipadas durante a semana.
O levantamento da Betway é essencial para entender isso, pois aborda diferenças que marcam a movimentação do varejo no Brasil nos últimos dois meses do ano. Isso vai acontecer em 2022, e os números podem indicar alguma mudança ou tendência.
