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Alagoas

Penedense que coordena Rede de Atenção às Violências fala sobre ações do órgão na Penedo FM

Thaylise Brito foi entrevistada por Guilherme Lopes nesta sexta, 24 - Foto: Roberta Feitosa

Thaylise Brito foi entrevistada por Guilherme Lopes nesta sexta, 24 – Foto: Roberta Feitosa

Em uma iniciativa para reforçar os serviços de proteção social, o Governo de Alagoas criou a Rede de Atenção às Violências (RAV), que conta com um Comitê Gestor formado por representantes das secretarias estaduais e da sociedade civil. A enfermeira Thaylise Brito, coordenadora operativa do programa, deu detalhes sobre o funcionamento do órgão em uma entrevista ao Programa Em Pauta, na Rádio Penedo FM, apresentado por Guilherme Lopes.

Brito explicou que, inicialmente, a RAV atendia a um grupo limitado, mas agora abrange oito populações vulneráveis do estado. “Atualmente nós acolhemos e oferecemos atendimento integral a crianças, adolescentes, mulheres, pessoas idosas, pessoas pretas, pessoas com deficiência, povos tradicionais, população em situação de rua e população LGBTQIAPN+,” afirmou, destacando que esse trabalho conta com a colaboração das Delegacias Especializadas de Defesa dos Direitos da Mulher e de Crimes Contra Vulneráveis.

Os serviços da RAV estão disponíveis em diversos hospitais do estado. Em Maceió, as vítimas podem procurar o Hospital da Mulher (HM), no bairro Poço, e o Hospital Geral do Estado (HGE), no bairro Trapiche. No interior, o atendimento ocorre no Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo, que acolhe todas as vítimas sem distinção de idade. Em Arapiraca, o Hospital de Emergência do Agreste (HEA) atende moradores dos 46 municípios que compõem a II Macrorregião de Saúde, abrangendo Agreste, Sertão e Baixo São Francisco.

Criada pelo Decreto nº 89.437, em 2023, a RAV já realizou quase 5 mil atendimentos. Thaylise Brito, que é penedense, ressaltou a importância da cooperação entre as instituições para a execução de ações transversais que enfrentam a violência contra populações vulneráveis.

“O RAV já se tornou uma referência na proposição, elaboração e articulação de planos de trabalho para implementar ações governamentais de enfrentamento à violência contra as populações vulneráveis, na perspectiva de romper esse ciclo e viabilizar um projeto de vida autônomo e restaurativo,” destacou.

A coordenadora também mencionou que a RAV promove reuniões bimestrais do Comitê Gestor, coordenadas pelo Gabinete Civil, para planejar e assegurar o cumprimento das ações pactuadas. “Os encontros visam planejar, articular e assegurar o cumprimento das ações pactuadas entre os membros da rede de proteção e garantia de direitos,” explicou Thaylise.

No programa, que lidera a audiência na região do Baixo São Francisco, a enfermeira afirmou que as ações são realizadas de forma humanizada para garantir proteção integral às vítimas. “Temos uma equipe multidisciplinar que atua no acolhimento inicial às vítimas de violência, e conta com especialidades em psiquiatria, ginecologia, obstetrícia, clínica médica e pediatria, para acompanhamento pós-violência num período mínimo de seis meses. Oferecemos ainda orientação jurídica e assistência segmentada nas áreas de psicologia e serviço social,” concluiu.

Guilherme Lopes, que é também Secretário Executivo de Saúde em Alagoas, destacou a importância da RAV, considerando a criação do órgão um marco significativo no apoio às vítimas de violência no estado, com integração de múltiplos setores e uma abordagem humanizada para garantir suporte vital às populações mais vulneráveis.

Confira a entrevista na íntegra:

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