À frente das ações da área de enfermagem – notadamente direcionada ao cuidado de idosos, hipertensos e diabéticos – na Unidade de Saúde José Araújo Silva, localizada no Jacintinho – a enfermeira Kátia Floripes Bezerra garantiu a representatividade da capital alagoana no XXII Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão e no XX Scientific Sessions of the Interamerican Society of Hipertension, que ocorreu em Salvador até este sábado (16).
No evento – com participação de todos os profissionais de saúde e que reuniu os mais renomados especialistas do mundo para discussão e apresentação de avanços no tratamento da hipertensão arterial – a enfermeira apresentou, por meio de painéis, dois trabalhos aprovados pela Sociedade Brasileira de Hipertensão. Foram eles: “Perfil Epidemiológico dos Pacientes com Hipertensão do Avental Branco” e “Mudanças do Estilo de Vida no Enfrentamento da Hipertensão Arterial: uma revisão bibliográfica”.
“A importância desse evento para mim enquanto profissional de saúde é que, além de atualizar meus conhecimentos, poderei atuar com maior fundamentação no controle da hipertensão dos pacientes, buscando favorecer a todos com uma melhoria da sua qualidade de vida, com o tratamento e controle dessa patologia crônica, que afeta milhões de brasileiros”, afirma Kátia.
Estatísticas
Atualmente, a hipertensão atinge em média de 30% da população brasileira, chegando a mais de 50% na terceira idade e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil – e é responsável por 40% dos infartos, 80% dos acidentes vascular cerebral (AVC) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. As pesquisas comprovam também que na população dos 55 aos 64 anos de idade, 51,6% têm a pressão arterial elevada e, com 65 anos ou mais, o percentual chega a 60,6%.
No mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 9,4 milhões de pessoas morrem a cada ano e 1,5 bilhão, adoecem por causa da pressão alta. As graves consequências da doença podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua condição e mantenham-se em tratamento. Quase 75% dessas pessoas recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS) para receber atendimento na Atenção Básica.
Entre as principais abordagens do evento, a enfermeira destacou as seguintes: os prós e contras das atuais Diretrizes de Hipertensão; Intervenções na Comunidade; Abordagem Estruturada do Hipertenso; Hipertensão no Idoso; Hipertensão na gravidez; Tratamento Global do Hipertenso; e Importância do Exercício Físico na Hipertensão, entre outros.