A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), por meio do Departamento de Educação (DED), reuniu na manhã desta quarta-feira, 11, na sede da Diretoria de Educação de Aracaju (DEA), coordenadores pedagógicos e diretores do Serviço de Planejamento de Ensino (Seplen), das 10 diretorias regionais de educação para o I Encontro Pedagógico de 2022.
O encontro foi conduzido pelo Núcleo de Acompanhamento Pedagógico, objetivando trocar experiências, socializar as ações por diretoria no tocante à melhoria dos indicadores com foco na recomposição da aprendizagem e o programa de reforço escolar. “Nesses dois anos de pandemia nossos alunos tiveram dificuldades de participação nas atividades, principalmente no que se refere à alfabetização. Todo esse trabalho está dentro da missão que a Secretaria tem a partir da universalização da Educação Básica. Temos de trabalhar também para a qualidade da educação, a conscientização de que a escola precisa promover a equidade, a fim de obter um ensino de sucesso”, explicou Ana Lúcia Lima, diretora do DED.
Na ocasião, a coordenadora do Núcleo de Acompanhamento Pedagógico da Seduc, Gleyse Pires, apresentou a devolutiva de uma pesquisa sobre as ações de reforço escolar e recomposição de aprendizagem nas escolas. Desse modo, elucidou as diferenças desses dois métodos para dirimir os impactos causados pela pandemia na educação de crianças, jovens e adultos matriculados na Rede Pública Estadual de Ensino.
“Sabemos da necessidade do reforço escolar, por isso orientamos que cada unidade de ensino promova o reforço escolar e, assim, possa subsidiar as aulas de recomposição da aprendizagem, bem como reforçar as aulas regulares”, disse Gleyse Pires, apresentando dados nacionais sobre a desigualdade das aprendizagens; a importância da família nesse processo que gera uma parceria contínua e dialogada a fim de fortalecer o emocional, gerar empatia e fomentar a aprendizagem coletiva a partir da inserção da família.
O encontro permite aos coordenadores pedagógicos e diretores do Seplen, compartilhar experiências e adquirir novas formas de dialogar com as comunidades escolares para formatar as ações a fim de promover a aprendizagem suprimida no período de isolamento social. Para Renata Sampaio, coordenadora pedagógica na DRE 1, sediada no município de Estância, no território Sul sergipano, após as aulas remotas e ensino híbrido os estudantes apresentaram um déficit de aprendizagem.
“Esse momento de diálogo é muito importante. A Seduc tem feito o monitoramento porque, por meio do que obtermos como resposta, poderemos agir diretamente no problema. É urgente tratarmos desse problema nas nossas escolas, e o caminho que existe hoje é lidar com essa questão tentando refazer as aprendizagens perdidas com a recomposição. Em sala de aula o professor irá tentar preencher essas lacunas para que possa seguir com seus conteúdos, e o reforço escolar também é uma forma de resgatar o aprendizado que ficou para trás durante o período de pandemia”, relatou Renata Sampaio.
Glauber Evangelista, diretor do Seplen da DRE 7, cuja sede é localizada no município de Gararu, território do Alto Sertão de Sergipe, evidencia a preocupação quanto à aprendizagem de estudantes que já apresentavam dificuldades na alfabetização, leitura e escrita. “Nós temos alunos de anos finais do Ensino Fundamental que não têm fluência em leitura, por exemplo, e isso interfere na matemática, na ciência etc. Então é um momento de olharmos para esse aluno com mais cuidado para não deixarmos ninguém para trás. A recomposição da aprendizagem dá oportunidade ao aluno com dificuldade para retomar os pré-requisitos para engajar e se interessar novamente pela escola”, concluiu.