As empresas brasileiras continuam mais dependentes das relações bancárias do que dos mercados de capitais internacionais se comparadas ao México e aos Estados Unidos, mostra relatório da empresa de classificação de risco (rating) Moody’s Investors Service.
Essa fator é observado mesmo com a melhora da liquidez (recursos disponíveis). “A melhora do mercado no último ano permitiu que uma série de empresas acessasse os mercados de capitais e estendesse os vencimentos de dívida”, disse em nota o vice-presidente sênior da Moody's, Filippe Goossens, autor do relatório.
De acordo com a Moody’s, a volatilidade do câmbio também continua sendo uma questão importante para as empresas com altos níveis de dívida em moeda estrangeira.
A Moody’s concluiu que 59% das 39 empresas com rating — exceto as construtoras — têm liquidez boa ou adequada, na comparação com os 81% observados no México. A Moody’s definiu o nível de risco de liquidez considerando as necessidades de caixa de cada empresa para financiar os vencimentos de dívida de 31 de dezembro de 2011 até 31 de dezembro de 2013 em relação às fontes disponíveis.
Segundo a Moody's, as empresas brasileiras continuam expostas a diversos riscos de liquidez. Entre eles estão potenciais dificuldades do mercado de crédito, a contínua crise da Europa, uma potencial desaceleração acentuada e repentina na China, a economia global frágil e uma volatilidade no câmbio.