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Meio Ambiente

Empresários da Costa dos Corais alagoana são mapeados

O grupo gestor do Arranjo Produtivo Local (APL) Costa dos Corais realizou esta semana uma série de visitas ao território, com o objetivo de levantar informações sobre as associações e cooperativas em atividade na região. Das 26 entidades catalogadas na área, 13 foram acompanhadas de perto neste primeiro momento e seus integrantes puderam expor à gestora do APL, Cristiana Purcell, as dificuldades que encontram no andamento de suas atividades, além de também ajudar na atualização de dados.

A noção exata do território é fator primordial no exercício da articulação dos arranjos, trabalho realizado por gestores junto às comunidades produtivas do Estado. De acordo com Cristiana, muita coisa mudou desde a criação do APL, em 2004, e se depender do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), continuará se modificando cada vez mais.

“Todo o APL é fundamentado em uma proposta de desenvolvimento territorial voltado para o incentivo às ações associativas e cooperativistas. Sempre foi o nosso foco estimular cada vez mais as diversas entidades que pudessem agrupar as potencialidades dos locais. Com a retomada do programa, a importância dessa aproximação se faz necessária para promover o levantamento de novos dados e a atualização de antigos, além de diagnosticar a evolução de cada uma delas, suas necessidades e dificuldades”, explica Cristiana.

Os dados recolhidos serão apresentados à diretoria de APLs da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande). “Eles serão arquivados e servirão de fontes de informação para pesquisas e também poderão ser utilizados como base para o planejamento de ações. As estatísticas vão ajudar bastante na captação de parceiros para capacitações e qualificações dos produtores”, enfatiza a diretora de APLs da Seplande, Fátima Aguiar.

Entre as entidades visitadas, nove delas já atuam com um balanço bastante positivo, influenciando inclusive a criação de novas associações Um exemplo disso é a Associação dos Condutores do Turismo de Observação do Peixe-boi Marinho. Localizado em Porto de Pedras, hoje o grupo conta com 46 associados e é um case de referência para todos da região. Em 2009, a associação conseguiu o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), documento que permite ao grupo transportar 70 turistas por dia para a observação de peixe-boi, no rio Tatuamunha, o que gera a estabilidade de renda aos seus associados.

“Na primeira vez que visitei a associação, tudo era muito diferente. Hoje eles trabalham de uma forma organizada, conseguiram agregar valor ao serviço que eles oferecem, e isso é um ponto fundamental na análise dessas gerências”, ressalta Cristiana. Outro fator importante dessa conquista é o poder de inspiração em outros produtores. Com o sucesso deles, outros grupos se mobilizaram e estão em processo de formação da Associação dos Jangadeiros dos Artesãos de Porto da Rua.

“Deixamos bem claro para eles que todos estão inseridos em uma cadeia produtiva. Um bom exemplo tem a capacidade de alavancar novas propostas e oportunidades. É por isso que damos tanto valor ao cooperativismo e associativismo. Com as boas práticas, conseguimos fazer das atividades deles um meio de renda concreto”, disse Cristiana.

Entre as solicitações dos empresários, as sinalizações turísticas e a necessidade de capacitações figuram como as mais importantes. “Estamos montando um cardápio de cursos para levar à região. Esse roteiro faz parte das Praias da Copa e precisamos oferecer noções de línguas e qualificações em atendimento ao turista para eles. O ano que vem será repleto de atividades para esse segmento e o turismo precisa desse valor agregado”, diz a gestora.