O secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico de Alagoas, Luiz Otavio Gomes, esteve reunido hoje (26) com o comando do Grupo Sinergy, no Rio de Janeiro, tratando da decisão do Ibama que emitiu parecer técnico negando o licenciamento ambiental para a instalação do Estaleiro Eisa em Alagoas, pretendida pelo Grupo. Após seis horas de análise das 99 páginas que compõem o parecer, ficou decidido que a empresa vai pedir a reconsideração do órgão.
“Ficamos debruçados sobre o parecer por horas, analisando profundamente item por item e os técnicos chegaram à conclusão de que a empresa pode e deve apresentar um contra-arrazoado, demonstrando a fragilidade dos argumentos apresentados pelo órgão, para que se possa efetivamente construir o estaleiro na área pretendida”, afirmou por telefone o secretário Luiz Otavio Gomes.
O pedido de reconsideração é condição fundamental para que o empreendimento seja confirmado em Alagoas, já que os empresários do grupo não concebem outro local para a construção do estaleiro. “Não há alternativas viáveis. Fazer em outro local implicaria numa intervenção muito maior na natureza, já que construir um dique de proteção no mar, essencial para desviar a corrente marítima fazendo com que as águas perdessem a força, seria danoso ao meio ambiente”, explicou.
A reunião de trabalho que começou pela manhã e se estendeu pelo período da tarde, concluiu ainda a inviabilidade econômica de um procedimento em outro local. “Os técnicos avaliam que a construção nas outras áreas implicaria num aumento de custo da ordem de R$ 150 milhões, dessa forma o empresário decidiu que, se não puder ser instalado no Pontal de Coruripe, o Eisa não será mais construído em Alagoas”, disse o secretário.
O próximo passo é retomar o processo junto ao órgão federal que, segundo os especialistas contratados pelo Grupo Sinergy, não apresentou no relatório qualquer dado técnico-ambiental que inviabilize o aproveitamento do local para a construção do estaleiro. “A empresa que realizou os estudos de impacto ambiental, a catarinense Aquaplan, vai continuar analisando os dados para apresentar todos os argumentos necessários que viabilizem a reconsideração da decisão por parte do Ibama”, concluiu Luiz Otavio Gomes.