Experiências interdisciplinares, qualidade, integração e amizade. Essas são algumas das palavras escolhidas para introdução deste texto. Um texto que pretende transmitir, em cerca de uma lauda e meia, uma incrível jornada de 25 anos. A cerimônia em comemoração às bodas de prata do Programa de Educação Tutorial (PET) na Universidade Federal de Alagoas se destacou pela intensa participação de petianos e tutores dos 12 PETs espalhados pelos três campi da universidade.
Antes de mais nada, um vídeo com cerca de 20 minutos, que mostrou um pouco das experiências vivenciadas pelos petianos, dentre projetos de pesquisa, extensão e participação em eventos locais e nacionais. Em seguida, a cerimônia oficial de abertura. Na mesa, estiveram presentes a vice-reitora, Rachel Rocha; o pró-reitor de Gestão Institucional, Valmir Pedrosa; o tutor do PET Economia, Fábio Guedes; o representante da Prograd, Felipe Sarmento e a tutora do PET Arquitetura, Roseline Machado.
Coube a ela o início das atividades. Dizer parabéns, num momento como esse, pode ser algo redundante. Mas a professora o fez. E destacou, ainda, o empenho dos petianos em realizar o evento comemorativo. “Eu sempre fico impressionada com esses meninos! É importante ver como eles trabalham juntos, independente dos períodos em que estejam, olha… Nós, tutores, aprendemos muito mais com vocês que vocês com a gente. A propósito, essa mesa deveria ser composta por vocês, estudantes”, salientou, emocionada.
O pró-reitor de Gestão Institucional, Valmir Pedrosa, falou em seguida. “A gestão tem um olhar especial para esse programa. Eu também sou um egresso do PET e entendo que este é um projeto exitoso e que contribui muito para a formação do aluno”, revelou. O tutor do PET Economia, Fábio Guedes, complementou a fala de Valmir, ao dizer que o PET foi um programa precursor na formação do aluno de ensino superior. “Estamos comemorando 25 anos de uma das experiências mais exitosas no auxílio ao ensino superior do Brasil. Isso é muito bom”, disse.
A vice-reitora Rachel Rocha destacou a importância do programa para a formação do estudante e revelou satisfação em participar da cerimônia. “Não é de se estranhar que esses meninos sejam tão desenrolados (risos). O PET qualifica o aluno e faz com que ele possa ter uma vida acadêmica mais primorosa, por isso, desejo que ele cresça cada vez mais nos três campi da Ufal. Essas bodas de prata devem ser comemoradas com toda a importância que o programa merece. Em meu nome, em nome do reitor Eurico Lôbo que, infelizmente não pôde estar presente hoje – mas que gostaria muito, como me disse – eu dou os parabéns a todos vocês!”, disse Rachel.
A vez dos petianos
Aproveitando um momento de intervalo entre a cerimônia de abertura e uma palestra do tutor Fábio Guedes, sobre a evolução dos grupos PET pelo Brasil no decorrer de sua história, é chegado o momento de falar com os integrantes do programa. Uma delas é Stephanne Ávila, integrante do PET Conexões de Saberes de Penedo, que abriga os cursos de Turismo e Engenharia da Pesca. Mas, segundo ela, as diferenças param por aí.
“Eu tenho dois anos de PET e… Eu me encontrei aqui. O tripé do PET, aliando ensino, pesquisa e extensão é a chave! É o que encanta o aluno. Aqui eu aprendi a trabalhar em grupo, apesar dos dois cursos serem bem diferentes, eles podem conversar, não há separação. Os cursos acabam se completando com as diferenças, um ajuda o outro! Esse evento é importante para dar visibilidade ao programa, mostrar as atividades desenvolvidas e trocar experiências”, salientou a estudante.
Nícolas Souto e Danúbia Teixeira formam mais um exemplo da união e integração existentes no PET. Há dois anos e meio, eles, que entraram juntos, fazem parte do PET Ciência e Tecnologia e destacam a boa oportunidade que é poder participar do programa. “Os benefícios são grandes! E o PET é importante tanto para o crescimento acadêmico como para o pessoal”, disse Nícolas. Logo em seguida, Danúbia complementou. “É um programa que insere o aluno na realidade da Ufal. Aliando ensino, pesquisa e extensão, o PET dá uma base para uma boa convivência na universidade”.
A hora de relembrar
Um dos mais tradicionais grupos PET da Universidade Federal de Alagoas é o PET Letras que, juntamente com a inserção do programa na instituição, também comemorou suas bodas de prata. A professora Denilda Moura, já aposentada, mas que atua como voluntária na Ufal, foi a fundadora do PET Letras e relembrou um pouco do desafio que enfrentou na tentativa de implantar o programa na universidade.
“Eu montei um projeto e trouxe para a Prograd, mas me disseram que a área não estava nas prioridades naquele momento. Então, eu disse: mas envie (à época, para a Capes) o projeto mesmo assim, juntamente com os demais, não custa nada. Então, dos vários projetos enviados, o único aprovado foi o do PET. O primeiro, minha gente, sempre sofre. E problemas todos têm. Mas veja só como são as coisas: ele continua aí, firme e forte. Isso prova que valeu a pena arriscar”, salientou Denilda.
Segundo ela, o PET Letras foi a porta de entrada para os outros 11 grupos que se formaram até aqui, mas o número ainda é baixo. “Eu acho que poderíamos ter muitos outros PETs, mas… Sabemos que isso é algo que dá muito trabalho. A Ufal precisava e precisa muito de programas como esse, pois ele favorece e muito a questão da produção acadêmica. É um programa muito importante”, complementou Denilda Moura.
Karlos Eduardo é um dos petianos que integra o grupo de Letras e reforçou a tese da professora. “Realmente, o PET é fundamental para os alunos, pois colabora com a produção de projetos de pesquisa – sejam individuais ou em grupo – e o maior crescimento, mesmo, é o crescimento pessoal. Existe, sim, o crescimento acadêmico, por conta das relações, responsabilidades, experiências… Elas são fundamentais e estão aliadas, umas às outras. Estou no PET Letras há 3 anos e é muito bom participar”, destacou.
“Um marco histórico”
Quando se fala em “PET na Ufal” outra figura ilustre e logo lembrada a falar sobre o assunto é o professor Roberaldo Carvalho. Atualmente, ele é tutor do PET Ciência e Tecnologia, e ao ser procurado para falar sobre a importância dessa comemoração de 25 anos do programa na universidade, ele parou, pensou um pouco e, brevemente, respondeu.
“Essa comemoração é um marco histórico para os cursos de graduação da Ufal. E de pós também. Os PETs incentivam a formação de professores e alunos e incentivam no engrandecimento dos cursos. E os alunos se integram, não há diferença, o aluno do 2º período se dá bem com o do 8º e é assim que tem que ser! Olha… Esses 25 anos de PET só mostram à comunidade acadêmica o quanto esse programa é importante”, disse Roberaldo.
A professora Roseline Machado, do PET Arquitetura, complementou ao destacar que a existência do PET na Ufal é sensacional. “A Ufal é uma instituição privilegiada por ter esse programa em seu quadro. E os estudantes, os integrantes, os tutores, petianos também. São todos bons alunos, que trabalham juntos e amadurecem juntos! E essa integração é sensacional. Estou, realmente, muito feliz em participar deste evento”, concluiu.
Antes do encerramento, um pedido: “que tal reunir todos os presentes para registrarmos uma fotografia oficial?”, sugeriu Roseline. E a imagem está aí, comprovando as quatro palavras utilizadas no início do texto e confirmando a consolidação do Programa de Educação Tutorial na Universidade Federal de Alagoas. Não é a toa que o evento foi considerado um sucesso. “E que venham mais 25 anos!”, finalizou o professor Roberaldo Carvalho.
