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Meio Ambiente

Em Washington, ministra recebe condecoração por áreas protegidas

Ministra do Meio Ambiente representa o Governo Brasileiro em homenagem especial

Em nome do governo brasileiro, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, recebeu, nesta terça-feira (19/10), em Washington (EUA), uma homenagem especial da organização não governamental WWF, pelo sucesso do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), responsável pela criação de 24 milhões de hectares de unidades de conservação (UC) do Brasil, área equivalente a do estado de São Paulo.

Entregue pela WWF Brasil e pela WWF Estados Unidos, a condecoração reconhece os resultados obtidos na execução da primeira fase do Arpa, de 2003 a 2009. “É um reconhecimento ao nosso País, que vive um momento muito particular e auspicioso, em que o crescimento econômico ocorre ao lado de inegáveis conquistas ambientais”, ressaltou a ministra Izabella.

Para ela, os grandes desafios globais requerem soluções ousadas e criativas, distintas das soluções convencionais. “O Programa Arpa é sem dúvida um exemplo desse tipo de solução”, disse. Dividido em três fases, o Arpa tem a meta de criar 45 milhões de hectares de UC de uso sustentável e de proteção integral até 2017.

Além da criação das unidades de conservação, o programa apoiou a consolidação de 18 unidades já existentes, em uma área de 8,5 milhões de hectares, criadas antes de março de 2000. Ainda na primeira fase, foi criado o Fundo de Áreas Protegidas, com US$ 25 milhões arrecadados, e executados projetos comunitários no entorno de UCs.

De acordo com estudo da WWF/UFMG/Ipam/Woods Hole Research Centre de Massachussets, a redução de emissões de CO2 promovida pelo Arpa, projetadas até 2050, corresponde a 70% da meta de redução global de emissões prevista para o primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto.

A ministra destacou, também, as iniciativas do governo brasileiro para reduzir o desmatamento na Amazônia. Izabella afirmou que no período de agosto de 2008 a julho de 2009 foi registrada a menor taxa de desmatamento da floresta, com 7 mil km². “De acordo com as nossas estimativas, muito provavelmente registraremos um novo recorde na taxa de 2010”, disse.

Nas vésperas de ir a Nagoya, no Japão, onde acontece a 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 10), Izabella afirmou que o Brasil terá postura de protagonista nos debates sobre biodiversidade e mudanças climáticas. “Os resultados da estratégia brasileira de combate ao desmatamento nos colocam em situação muito confortável no contexto das negociações internacionais de regimes, como as da diversidade biológica e da mudança do clima.”

A ministra Izabella encerrou o discurso chamando as autoridades para o que ela classificou de “responsabilidade ética com as futuras gerações”. Para ela, não há mais tempo para retórica ou ações dissociadas de esforços multilaterais. “Precisamos estar preparados para encarar este desafio como nação, instituição e pessoas que estão cientes do seu papel neste debate e de seu compromisso com a população do planeta, a fim de assegurar um futuro melhor para nós e para todas as gerações que virão depois.”