Os conflitos na Síria, que duram um ano, geraram a fuga em massa de cidadãos – a maioria busca melhores condições de vida no Líbano, país vizinho. O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Refugiados informou que legalmente 7.058 sírios pediram registro de residência no Líbano no último ano.
Pelas estimativas de organizações não governamentais (ONGs), apenas nas últimas 48 horas mais de 1,5 mil sírios, muitas mulheres e crianças da cidade de Homs, seguiram para cidades libanesas. As pessoas tentam escapar da onda de violência que matou mais de 7,5 mil pessoas e das violações de direitos humanos, como torturas e agressões sexuais.
Rami Abdel Rahman, da ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, disse que o Exército da Síria bombardeou hoje (6) uma ponte, na província de Homs, utilizada pelos refugiados que fogem para o Líbano. Segundo ele, a ponte fica na aldeia de Rablé, na fronteira com o país vizinho, sobre o Rio Oronte, que nasce no Líbano e atravessa a Síria e a Turquia até desaguar no Mediterrâneo.
“A artilharia bombardeou a ponte pela qual passaram todos os feridos que conseguiram sair da Síria”, acrescentou Hadi Abdallah, do grupo denominado Comissão Geral da Revolução. “É o principal caminho pelo qual transitam os feridos”, disse.