A ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um pronunciamento à nação, na noite desta terça-feira (06/02), convocando a população a atuar junto com o Governo federal para eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti e reduzir o numero de pessoas contaminadas no País. A pasta já ampliou em R$1,5 bilhão o repasse a estados e municípios para o combate à dengue e um centro de operações de emergências foi montado para analisar diariamente a evolução dos casos.
“Esse é o momento de intensificar os cuidados e a prevenção. Agora é hora de todo o Brasil se unir contra a dengue”, reforçou a ministra.
Nísia lembrou, ainda, a importância da limpeza urbana para a prevenção da doença e convocou as prefeitas e os prefeitos para que intensifiquem os cuidados em suas cidades e municípios, evitando o acúmulo de lixo e de água, onde os mosquitos se proliferam. O cidadão também faz parte do combate. “Precisamos redobrar os cuidados com as nossas casas e nas áreas em volta delas”, explicou.
Cerca de 75% dos criadouros do mosquito transmissor estão nos domicílios, em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis, pingadeira, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos, etc.). Os dados constam no 3º Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e do Levantamento de Índice Amostral (LIA) de 2023.
A ministra finaliza o pronunciamento reforçando a ação da vacina, que será distribuída, inicialmente, para crianças entre 10 e 14 anos, pelo Sistema único de Saúde (SUS). “Após 40 anos de enfrentamento a epidemias de dengue, temos agora uma importante conquista da ciência e da saúde: a vacina. O Brasil é o primeiro País a incorporar ao sistema público de saúde, no nosso caso, o SUS, de tanto valor, uma vacina para a dengue”.
“Convoco todas e todos para uma mobilização nacional dos governos e de toda a sociedade para que, juntos, enfrentemos os atuais surtos e, em breve, possamos fazer com que a dengue seja uma doença do passado”, concluiu.