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Em Penedo, Polícia Civil prende quatro suspeitos de aplicar golpes em vários estados brasileiros

Material apreendido com os acusados

Policiais civis lotados na Delegacia Regional de Penedo, sob o comando do delegado Gustavo Xavier, desbarataram nesta terça-feira, 03 de novembro, no município de Penedo, uma quadrilha acusada de estelionato, organização criminosa e falsidade ideológica.

De acordo com as informações policiais, quatro pessoas, sendo dois homens e duas mulheres, foram presas durante a operação que foi deflagrada na comunidade conhecida como Litoral, no bairro de Santa Luzia, parte alta da cidade ribeirinha. Três dos presos são do estado de São Paulo, mas há mais de um mês estavam em Penedo.

Ainda segundo a polícia, com acesso ao CPF das pessoas, o grupo descobria informações confidenciais sobre as vítimas, principalmente daquelas que tinham direito a receber o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

“Com essas informações, o grupo comprava chips, cadastrava no nome das vítimas e enviava e-mails para elas com um link. Quando clicava nesse endereço eletrônico, a vítima autorizava automaticamente que o dinheiro fosse transferido para as contas dos criminosos. Como eles possuíam um chip de telefone para cada vítima, os códigos para confirmar a operação eram enviados para os aparelhos da quadrilha, o que fazia com que a transação fosse finalizada com sucesso”, explicou um agente que conversou com nossa redação.

A polícia declarou ainda que todo o esquema estava sendo executado em Penedo e vitimando pessoas de vários estados do Brasil, causando um prejuízo que pode ser superior a R$ 1 milhão. Com a quadrilha foram apreendidos notebooks, celulares, cartões de crédito, documentos falsificados, cédulas de identidade em branco, vários papéis com dados de pessoas, diversos chips de celular e dois veículos, sendo um localizado em uma casa em Penedo e o outro no Pontal do Peba, em Piaçabuçu.

O delegado Gustavo Xavier acredita que outras pessoas podem estar envolvidas no esquema, que segue em investigação. Os presos foram encaminhados ao sistema prisional alagoano, onde permanecem à disposição da Justiça. Devido a nova lei do abuso de autoridade o nome dos membros da quadrilha não foi revelado.