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Penedo

Em julgamento, réu confessa que matou Roberta Dias e alega: “Fiz exclusivamente por amizade”

Julgamento deve ser concluído ainda nesta quinta, 24 - Foto: reprodução

No segundo dia de julgamento do caso Roberta Dias, o réu Karlo Bruno Pereira Tavares confessou, em interrogatório, ter participado diretamente do assassinato da jovem, ocorrido em 11 de abril de 2012. A confissão foi feita diante dos jurados e surpreendeu pelos detalhes revelados.

Karlo Bruno afirmou que cometeu o crime “apenas por amizade”, alegando que não recebeu qualquer tipo de recompensa ou vantagem pela participação na trama. Segundo ele, o assassinato foi planejado exclusivamente por Saulo da Tasso, que tinha 17 anos à época dos fatos.

“Ele ficou muito assustado quando soube da gravidez e me procurou para dizer que queria resolver essa situação. Primeiro eu relutei, disse que haveria outras formas de achar uma solução para isso. Mas depois eu acabei cedendo e aceitei participar”, declarou o réu.

Durante o interrogatório, Karlo Bruno também negou ter conhecimento do envolvimento da sogra de Roberta no crime. “Se ela teve participação, isso nunca chegou até mim. O que fiz foi por amizade, apenas por isso. Não recebi nenhuma recompensa, nem nada. Foi uma coisa horrível e, por isso, estou aqui para dizer a verdade e pagar pelo que fiz.”

Roberta Dias foi morta por asfixia, com o uso de um fio de extensão de som automotivo que foi enrolado em seu pescoço. Após o crime, o corpo da jovem foi enterrado em uma cova rasa localizada entre a praia do Pontal do Peba, em Piaçabuçu, e o município de Feliz Deserto. Segundo o réu, a cova foi cavada por ele e por Saulo da Tasso com as próprias mãos, sem o uso de ferramentas.

Karlo Bruno também pediu perdão a família da vítima e a seus familiares pela exposição e sofrimento a que os submeteu.