A dor de não poder oferecer à família a dignidade do sustento básico é uma realidade que começou a ser mudada por muitas mulheres alagoanas, a partir de seus nomes gravados no cartão do Programa Bolsa Família. É o caso da dona de casa Rafaela Santos, de 29 anos, uma das centenas beneficiadas em Alagoas.
O Bolsa Família é a única fonte de renda que tem, pois a dona de casa não tem emprego fixo. “Sempre trabalhei e agora que estou desempregada, sustento a família apenas com o dinheiro do Bolsa”, explicou.
Rafaela resume a realidade de muitas famílias brasileiras. Em Alagoas, as mulheres são as principais chefes das famílias beneficiadas. Ao todo, 95% dos núcleos familiares têm uma mulher como representante da casa, assumindo a responsabilidade econômica na administração do lar.
Com o dinheiro do benefício, Rafaela Santos custeia a alimentação das crianças, paga as contas da casa e coordena todas as finanças da família. Os três filhos estão na escola e as demandas escolares são custeadas com o benefício que recebe.
“Este programa é muito importante, principalmente para mulheres que estão na minha situação, mães, donas de casa e desempregadas. Esse dinheiro dá para comprar as coisas das crianças e o material escolar, que é a minha maior preocupação”, salientou a beneficiária.