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Política

Eleições 2022: MP Eleitoral participa de todas as fases de auditoria do processo eletrônico de votação

Ministério Público Eleitoral participou do início dos procedimentos de auditoria nos sistemas eletrônicos

Faltando pouco menos de um ano para o pleito de 2022, o Ministério Público Eleitoral participou, nesta segunda-feira (4), do início dos procedimentos de auditoria nos sistemas eletrônicos de votação. Promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o “Ciclo de Transparência Democrática – Eleições 2022” reuniu representantes de instituições públicas, partidos políticos e da sociedade civil para marcar o início da abertura dos códigos-fonte dos sistemas eleitorais, para conferência pela sociedade civil e entidades de fiscalização. Esta é a primeira das 26 etapas de auditoria nas ferramentas eletrônicas usadas na apuração e totalização dos votos, que contam com a participação do MP Eleitoral.

O vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, representou o procurador-geral da República, Augusto Aras, na cerimônia. “O Ministério Público e o TSE têm um ponto em comum muito importante para a democracia que é o compromisso com a transparência”, afirmou o vice-PGE, após a cerimônia. Ele integra a Comissão de Transparência das Eleições, criada pelo TSE para acompanhar de perto a segurança de todas as etapas de preparação e realização das eleições do próximo ano. Também compõem a comissão integrantes da Câmara e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, das Forças Armadas, da Ordem dos Advogados do Brasil, da Polícia Federal, assim como acadêmicos e entidades da sociedade civil.

Além do grupo, presidentes dos partidos políticos e observadores internacional acompanharam o evento. Na ocasião, os participantes puderam conhecer todas as etapas de desenvolvimento e fiscalização dos programas que serão utilizados no pleito de 2022, assim como o funcionamento da urna eletrônica. Eles também visitaram a sala-cofre – onde são guardados os softwares – e a sala onde serão abertos os códigos-fonte dos sistemas eleitorais, no prédio da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE.

A partir de hoje até a Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas, prevista para agosto do ano que vem, o Ministério Público e demais integrantes da Comissão, assim como os partidos políticos, poderão enviar técnicos para inspecionarem os códigos-fonte do software de votação e todo o conjunto de softwares da urna eletrônica. Também poderão tirar dúvidas, pedir eventuais esclarecimentos aos técnicos do TSE sobre os sistemas e sugerir melhorias. Os códigos-fonte consistem na descrição em linguagem de programação de todo o funcionamento dos sistemas. Qualquer alteração feita nos softwares é comunicada a essa sala de onde os técnicos das outras instituições podem acompanhar o desenvolvimento e realizar a fiscalização.

Na abertura da cerimônia, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que a Justiça Eleitoral optou por ampliar esse período de inspeção – que antes era iniciado seis meses antes das eleições – para aumentar a transparência do processo. “Estamos empenhados em prover eleições limpas, seguras e auditáveis para toda a sociedade brasileira, para que as urnas expressem de forma fidedigna a vontade popular”, destacou. O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Júlio Valente, detalhou 12 das 26 etapas de auditoria nos sistemas eletrônicos de votação, que incluem o Teste Público de Segurança, a lacração dos sistemas, a emissão da zerésima, os boletins de urna, o teste de integridade, entre outros. Ele lembrou que, nos últimos 25 anos, o processo passou por uma série de aprimoramentos e que nunca houve comprovação de fraude, visto que o sistema é totalmente auditável, seguro e transparente.