Candidato do PTD, Ronaldo Lessa foi entrevistado desta sexta-feira, 23, pela Fecomércio-AL
O candidato Ronaldo Lessa (PDT), ex-governador de Alagoas, foi o entrevistado nesta sexta-feira, 23, na série de entrevistas promovida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio/AL). Lessa afirmou que o problema na área da educação não é apenas o analfabetismo. Para ele, o desafio maior é a evasão escolar.
“O problema é conquistar essas pessoas para estudar. Temos também que fazer no Estado escolas profissionalizantes”, defendeu Lessa, acrescentando que houve um retrocesso na educação em Alagoas. “É voltar a fazer o que estava fazendo, só que com pequenas modificações. Tivemos um retrocesso. Lamentavelmente, perdemos quatro anos”, afirmou. Segundo ele, durante os oito anos em que governou o Estado foram construídas, recuperadas, ampliadas e modernizadas mais de 400 escolas.
Investimento em tratamento de água
Questionado sobre qual tratamento irá proporcionar em infraestrutura básica, caso seja eleito, Lessa lembrou ter feito um investimento maciço no tratamento d’água. “Posso dizer que batemos recorde em termos de um governo que colocou mais água dentro do sistema”, afirmou.
Para Lessa, saneamento é fundamental e deve ser realizado em conjunto com os governos federal, estadual e municipal por se tratar de um investimento elevado.
Em termos de captação de esgoto, Lessa admitiu que não teve condições de fazer o que Alagoas precisava. “Mas poderemos fazer agora porque sei que o governo federal aumentou o investimento, então podemos fazer com parceria também isso”, justificou. Outro tratamento considerado importante pelo candidato que é formado em Engenharia Civil é o de resíduos sólidos, com aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar. “Se juntar os municípios de Satuba, Santa Luzia e Coqueiro Seco, com o apoio do governo do Estado e a tecnologia do governo federal, a gente tem condições de transformar o lixo em energia”, sugeriu.
Valorizar mão de obra para fazer segurança pública
Ronaldo Lessa disse que não se faz segurança pública sem mão de obra. Para o candidato, é preciso contratar gente, estimular e valorizar o servidor. “A segurança é um compromisso de todos nós. É direito da gente, mas também é responsabilidade de todos nós. Temos que vencer a guerra do crack. Não adianta fazer isso que eles estão fazendo, de colocar um monte de viatura parada porque não tem gente para dirigir a viatura. E se brincar eles não tem combustível porque combustível o governo federal não dá”, ironizou.
Como modelo que pode ser adotado em Alagoas, ele sugeriu a adoção da polícia comunitária, como ocorre no Rio de Janeiro. “Um conceito moderno que envolve a sociedade. A polícia é um instrumento de proteção. É preciso que a polícia possa, efetivamente, agir em cima, no traficante que coloca o crack aqui”, afirmou. Paralelo ao trabalho policial, Lessa disse que tem que ter escola, turismo, esporte, cultura e a apresentação de alternativas. “Hoje, 40% da polícia está acima de 40 anos, 50 anos. Tem que reabrir a nossa academia, sem gente, não adianta botar o carro ali e a metralhadora. Não resolve”, comentou.
Governante precisa saber ouvir
“O governante não precisa ser especialista em tudo. Ele precisa saber ouvir o setor e eu prefiro mil vezes a gente mecanizar e trabalhar com vocês para saber o que é que o governo pode fazer. Dou a minha palavra que não faltará esforço em termo de escola, em termo do que for necessário”, garantiu Lessam que ainda propôs, se eleito, ampliar o Fundo Estadual de Combate e Erradicação à Pobreza para aplicar na chamada economia solidária.
De acordo com Lessa, é fundamental que se apresente alternativas à sociedade. “Existe a expectativa hoje de economia com exploração de minério, a possibilidade de se trazer um estaleiro, o governo federal está fazendo investimentos em infraestrutura e retomando a ferrovia.
Mário Agra (PSOL) encerra a rodada de entrevistas na próxima segunda-feira, 26
Na segunda-feira (26), a série de entrevista continua com o candidato Mário Agra (PSOL), que vai encerrar o evento. A entrada para participar das entrevistas é franca e aberta ao público em geral, especialmente aos empresários do comércio de bens, serviços e turismo.