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Política

Eleições 2010: Collor enfatiza combate à criminalidade

Candidato a governador, Collor promete deixar índice de criminalidade perto de zero

O candidato a governador Fernando Collor de Mello (PTB) afirmou que, se for eleito, os índices de criminalidade em Alagoas irão chegar perto de zero “porque bandido aqui não vai poder se criar. Eles vão ter que sair de Alagoas, cruzar as fronteiras e que outros Estados, melhores aparelhados, possam tomar conta deles”, afirmou o político que atualmente exercer mandato como senador.

A declaração aconteceu durante entrevista realizada nesta quarta-feira, 21, coletiva promovida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio/AL). Para justificar sua meta, Collor disse que é preciso dotar o aparelho policial de recursos necessários para combater a criminalidade, inclusive o tráfico de drogas, e proporcionar salários dignos aos policiais civis e militares. Contudo, o candidato alertou que Alagoas não pode pagar um salário inicial a um policial militar de R$ 4 mil, como acontece no Distrito Federal.

“O que pouca gente sabe é que as despesas com saúde, com educação e com segurança no Distrito Federal não correm por conta do governo do Distrito Federal, mas são pagos sim pelo governo federal”, explicou. No entanto, Collor afirmou que está tramitando uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que equipara o soldo dos policias militares àquele pago aos policiais militares do Distrito Federal. A proposta prevê ainda a criação de um fundo que deverá subsidiar os Estados que não tem condições de pagar esse salário.

Quando governou Alagoas, Collor disse que o período foi de tranquilidade

Apesar de afirmar que não desejava fazer comparações com outras gestões, Collor assegurou que durante sua administração no governo de Alagoas, o período iniciado em 1986 foi de tranquilidade. “É exatamente por querer a paz que não darei trégua a esses bandidos. Repito, que eles saiam de Alagoas o quanto antes, porque eleito governador eles sentirão o peso da minha mão no dia 1º de janeiro de 2011”, garantiu.

Para o senador, a miséria absoluta em Alagoas é resultado das baixas taxas de crescimento nas áreas mais carentes. Segundo ele, a saída para reverter esse quadro é investir em infraestrutura, em educação e em saúde. Além de trazer investimentos que garantam valor agregado. “Não adianta trazermos indústrias se não agregarmos valor aos produtos que as indústrias venham a produzir”, justificou.

Questionado se possui alguma proposta de política de incentivo, Collor afirmou que o Estado possui hoje uma lei de incentivos fiscais que já foi considerada uma das melhores do país. No entanto, é preciso apenas aperfeiçoá-la.

Promessa de investimento em saneamento básico

Para Collor, a melhor contribuição que seu governo pode dar ao setor do comércio e serviços em Alagoas é investir em saneamento básico, principalmente em Maceió, o ‘Paraíso das Águas’ e que tem, segundo ele, todas as praias poluídas. “Como podemos desenvolver o setor de turismo, comércio e de serviços em geral se estamos matando a nossa galinha de ovos de ouro? Então, o maior investimento que podemos fazer para dar razão ao que o comércio e o setor de serviços demanda é exatamente um investimento maciço em saneamento básico”, esclareceu.

Sobre o tema educação, Fernando Collor apontou como o melhor um investimento a escola em tempo integral, modelo projetado em Alagoas por Arapiraca, com a valorização do magistério e a especialização para os profissionais que estiverem dedicados ao ensino integral. Já a proposta para os alunos do Ensino Médio é fazer com que a internet via banda larga chegue às salas de aula e, dessa forma, acelere a evolução do Ensino Médio em Alagoas, que é uma das principais causas da evasão no Ensino Superior.

Alagoas deve R$ 15 bilhões de precatórios, de acordo com candidato do PTB

De acordo com o candidato filiado ao PTB, Alagoas deve R$ 15 bilhões de precatórios, enquanto que o orçamento do Estado é de aproximadamente R$ 6 bilhões. “Eu continuo trabalhando nisso, para que esses recursos sejam pagos a quem eles pertencem, e são diversos funcionários e outras pessoas que tem esses recursos para receber do Estado”, declarou, acrescentando que precatório tem prioridade sobre qualquer outro pagamento que venha a ser feito pelo Estado, pelo município e pelo governo federal.

“O que temos que buscar e estamos trabalhando para tanto são empresas que trabalhem com importação maciça, grandes empresas que não são daqui, são do sul do País. E é claro que não conseguiremos do dia para a noite. Não vou criar aqui nenhuma expectativa para depois vê-la frustrada. Mas temos bons motivos para confiar que alguma coisa começará a acontecer muito em breve”, informou.

Entrevistado desta quinta-feira, 22, é o microempresário Tony Clóves (PCB)

Nesta quinta-feira, 22, a série de entrevistas promovida pela Fecomércio continua com o microempresário Tony Clóves (PCB) e, fechando a semana, na sexta-feira, 23, o ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT). A programação será concluída na próxima segunda-feira, 26, com o candidato Mário Agra (PSOL). A entrada para participar das entrevistas é franca e aberta ao público em geral, especialmente aos empresários do comércio de bens, serviços e turismo.