A Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) está realizando o II Encontro de Formação Continuada – EJA Sistema Prisional de Maceió. Iniciada na última segunda-feira (25) e com reuniões todas as noites até esta sexta-feira (29), a capacitação reúne os educadores do sistema prisional, no auditório da Escola Penitenciária, para debater assuntos ligados a educação dos custodiados na modalidade Ensino de Jovens e Adultos (EJA).
Orientação sobre a estrutura e funcionamento da EJA na Rede Estadual de Educação, normas e rotinas para um processo educacional em segurança no sistema prisional e orientações pedagógicas para a oferta de educação no sistema prisional são alguns dos assuntos abordados durante a capacitação. Também foi realizada a oficina “Professores em formação, novas práticas pedagógicas na EJA”, contando com a presença de alguns palestrantes da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE).
Atualmente a Seris oferece alfabetização aos custodiados, desde a modalidade EJA, que compreende todas as séries do ensino fundamental e médio, até o preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Além disso, a Pasta da Ressocialização garante aos reeducandos acesso a exames como Supletivo, ENEM e o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). A cada 12 horas de estudo, os custodiados têm um dia da pena remido.
De acordo com a gerente de Educação da Superintendência de Administração Penitenciária (SAP), Andréa Rodrigues, para que a EJA tenha sucesso no sistema prisional é preciso que sejam traçadas metas específicas. “Os reeducandos devem participar das aulas, não em razão da remição da pena, mas sim pelo conhecimento. Se os professores forem capacitados, realizando aulas dinâmicas, irão atingir o adulto de forma mais eficiente e teremos uma educação de melhor qualidade”, afirmou.
Para o superintendente de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado da Educação e Esporte (SEEE) e um dos palestrantes da capacitação, Leílson Nascimento, iniciativas como essa contribuem para o avanço da educação no sistema prisional. “Antes a educação só era realizada em nível de primeiro segmento, atendendo apenas uma parcela dos apenados. Hoje já ofertamos também o segundo seguimento e o ensino médio. Isso atende uma parcela maior de custodiados e significa que os internos podem sair do sistema prisional com a sua educação básica concluída”, concluiu.
