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Alagoas

Educação estadual inicia aulas gratuitas de Libras para 240 alunos

Cerca de 240 alunos iniciaram, nesta segunda-feira (10), as aulas do curso básico nível 1 de Língua Brasileira de Sinais (Libras), no Centro de Atendimento à Pessoa com Surdez (CAS), localizado na Rua Ernesto Gomes Maranhão, no bairro da Jatiúca, ao lado da Escola Rosalvo Lobo, em Maceió.

As aulas deste semestre devem prosseguir até 22 de dezembro de 2015. Ao todo, são onze turmas, sendo oito do nível 1 e três do nível 2, com 111 alunos, o que corresponde ao total de 351 alunos de Libras.

Cada turma tem uma aula por semana, pela manhã ou à tarde, das 8h às 12h ou das 13h às 17h. Cada curso tem a duração de um semestre, com pelo menos 60 horas/aula e a próxima turma será formada a partir de janeiro de 2016.

A unidade funciona como um centro de formação e apoio às pessoas com surdez e tem como público alvo pessoas surdas que estão matriculadas nas escolas públicas ou aquelas que querem trabalhar ou se relacionar melhor com os surdos.

“Em Alagoas, o Centro de Atendimento à Pessoa com Surdez é a única unidade do Estado a oferecer vagas para cursos gratuitos de Libras há quase dez anos”, assegurou a coordenadora pedagógica Cícera Bernardo.

Segundo a coordenadora, além dos cursos regulares de Libras, o CAS atende às escolas públicas do Estado e dos municípios com formação de professores e aulas de reforço para os estudantes com necessidades especiais.

“Temos parcerias com várias universidades, secretarias estaduais e prefeituras para capacitação de professores e demais profissionais, além das aulas de arte, teatro e reforço escolar para estudantes com surdez matriculados nas escolas públicas do Estado, do ensino fundamental ao ensino médio”, acrescentou Cícera Bernardo.

Melhor comunicação – De acordo com a professora Líbia Pedrosa, que é intérprete de Libras, o curso é recomendado para iniciantes cuja intenção é melhorar o relacionamento tanto com parentes com surdez, como clientes ou alunos portadores dessa necessidade especial.

É o caso da aluna Elza Maria Apolinário de Lira, 54 anos. Ela elogia a qualidade do curso e o recomenda para quem precisa se relacionar melhor com as pessoas com surdez.

“Esta é a segunda vez que eu me inscrevo, como não deu para terminar o primeiro, agora me inscrevi de novo e desta vez vou até o fim”, afirmou aluna.

Engenheira sanitária e ambiental, Elza Apolinário tem um parente com surdez, mas não foi só por isso que ela decidiu aprender a linguagem dos sinais. “O que me levou a voltar a fazer o curso de Libras foi a possibilidade de ajudar as pessoas”, disse ela.

“No dia a dia, a gente se depara com muitas situações onde a falta do conhecimento da Libras traz muitas dificuldades na hora de se comunicar com um surdo. Vemos isso frequentemente nos supermercados, por exemplo”, complementa Elza Apolinário.