×

Maceió

Educação ambiental realiza oficina com material reciclável na AAPPE

Educação ambiental, inserção social, geração de renda e acompanhamento terapêutico marcaram a oficina com materiais recicláveis realizada pela Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), na manhã de sexta-feira (03), na unidade da Associação de Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE) situada no bairro da Jatiúca.

Ao fim da atividade, quinze mães de filhos com necessidades especiais atendidos pela organização não-governamental aprenderam a confeccionar pufes – bancos almofadados – produzidos a partir de materiais recicláveis, como garrafas PET, papelão e retalhos.

“Selecionamos as mães com possibilidade de multiplicar a informação para as demais”, explica Quitéria Melo, assistência social da AAPPE, entidade que atende semanalmente cerca de 200 crianças com déficit motor, cognitivo ou psicológico.

Nas três unidades da AAPPE – Farol, Tabuleiro e Jatiúca -, as crianças recebem acompanhamento nas áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, pedagogia e terapia ocupacional. Elas chegam a partir de encaminhamento feito pelas escolas ou pelos próprios pais. Após avaliação, os profissionais da área médica da AAPPE decidem se o caso será atendido pela entidade ou se terá encaminhamento diferenciado.

Contudo, a instituição entende que os pais também precisam de acompanhamento. Para promover a melhoria da qualidade de vida, o tratamento tem que ser em conjunto: família e paciente. “Verificamos que muitos pais, por terem uma criança com deficiência, não têm condições de gerar renda. Por isso, entramos em contato com a Slum justamente para promover esse momento que ensina a gerar de renda por meio de material reciclável”, esclarece a assistente social.

Lixo gera renda

Dezoito garrafas PET, papelão, espuma, tecido, cola de sapateiro e fita adesiva. Com esse material em mãos, as educadoras ambientais da Slum ensinam a produzir um pufe que pode ser vendido por até R$ 40.

“A atividade pode gerar renda. As mães já estão até cobrando da gente outros trabalhos”, confirma Maria Cícera Fradique, que integra a equipe de educação ambiental da Slum. “Além disso, nós também explicamos aquilo que pode ser reaproveitado do lixo para que o aterro sanitário ganhe mais anos de vida”.

Claudice Medeiros frequenta a AAPPE há oito anos com a filha Ana Vitória Medeiros, que recebe tratamento na instituição desde então. “Nós não podemos trabalhar fora porque temos que cuidar dos nossos filhos. A mãe que tem uma criança especial tem uma vida muito corrida. Por isso, estou achando maravilhoso. Nós estamos tendo a oportunidade de aprender alguma coisa. Além do meu filho ter atendimento, eu também estou sendo atendida”, comemora.

A dona de casa garante que faz a sua parte quando o assunto é limpeza. “Eu sempre limpo a porta da minha casa, mas as pessoas não contribuem. Eu já pedi ao pessoal da Slum para ir a minha rua e fazer educação ambiental por lá”, avisa.