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Negócios/Economia

Economia de Alagoas teve desempenho positivo em 2011

A economia alagoana registrou desempenho positivo no primeiro semestre de 2011, notadamente nos setores agrícola, industrial e turístico. Os dados consolidados foram divulgados na segunda-feira (23) pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), que, por meio da Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento, finalizou a 26ª edição da Conjuntura Econômica do Estado de Alagoas.

“Estudos como este são de vital importância para expressar a dinâmica econômica de Alagoas, mostrando o panorama local observado num curto espaço de tempo. Além do mais, o trabalho tem o intuito de disponibilizar informações confiáveis para os investidores e os consumidores que se interessam por Alagoas”, afirma o secretário do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes.

A análise dos economistas da Seplande demonstra que o bom momento da economia brasileira no período impactou positivamente a conjuntura regional e estadual. “Os resultados alcançados foram fruto da estabilização econômica no País e as medidas adotadas no combate à crise econômico-financeira dos anos anteriores ao período analisado de 2011”, esclarece o superintendente de Produção da Informação e do Conhecimento da Seplande, Thiago Ávila.

O setor agrícola foi um dos destaques do Estado. Enquanto o Brasil cresceu 9%, Alagoas registrou uma alta de 14%, impulsionada por fatores climáticos positivos que permitiram boas safras de cana-de-açúcar (nosso principal produto), feijão, milho e algodão. Os dados comparam números registrados no mesmo período de 2010.

Crescimento industrial superou índice nacional

Outro setor que contribuiu para o bom momento alagoano foi o industrial, que cresceu 4,63% ficando à frente do desempenho da indústria do Brasil como um todo, que fechou o primeiro semestre de 2011 com um tímido resultado de 1,7% de aumento. “Crescemos mais que a média brasileira e regional graças ao bom desempenho do setor sucroenergético, que mais uma vez garante melhor posição de Alagoas no ranking do crescimento industrial”, enfatiza a diretora de Estudos e Pesquisas da Seplande, Natallya Levino.

A tendência de alta foi influenciada principalmente pela concentração de quatro subsetores industriais: química, alimentos e bebidas, açucareira e extração e tratamento mineral. Além disso, segundo explicam os técnicos, a média de vendas industriais desses setores também variou positivamente, se comparada ao mesmo período do ano anterior.

A balança comercial de Alagoas, embora modesta quando comparada a outros estados, aumentou em relação a 2010, alcançando um superávit de US$ 595,55 milhões. O bom desempenho do setor sucroenergético e químico influencia diretamente esse dado, e como já observado anteriormente, esses dois subsetores cresceram no período.

Comércio e Serviços

O setor de Comércio e Serviços também refletiu os efeitos positivos da recuperação econômica, apresentando alta no período no Brasil, no Nordeste e em Alagoas, apesar da tendência de crescimento ter sido menor que a verificada em anos anteriores. A explicação se encontra na política de restrição ao crédito e no aumento nas taxas de juros naquele período, que acabou provocando a alta da inadimplência.

Ainda assim, o comércio varejista de Alagoas registrou uma alta de 6,3%, graças, sobretudo, ao aumento real do salário mínimo e à manutenção dos programas federais de transferência de renda. “A redução de consumo no primeiro semestre de 2011 foi verificada em todo o Brasil, apesar dos números positivos. Em Alagoas, a redução de consumo também coincide com as demissões sazonais, que ocorrem com o térmico do período de safra da cana-de-açúcar”, explica a economista Márcia Núbia Lopes, técnica da Seplande responsável pela elaboração da Conjuntura.

Turismo interno potencializou crescimento

A atividade econômica em Alagoas, no primeiro semestre de 2011, também foi beneficiada pelo incremento do turismo interno. Com o aumento de consumo na chamada classe c, mais famílias incluíram os roteiros de viagem em seu cotidiano, beneficiando principalmente os Estados de maior vocação turística.

A alta do dólar e as facilidades de pagamento dos pacotes ofertados pelas agências elevaram em 11,1% o número total de turistas no período, se comparado com janeiro a junho de 2010. “Nesse aspecto Alagoas se beneficia em relação a muitos outros destinos brasileiros, já que nossas paisagens e nosso clima permitem a vocação turística praticamente o ano inteiro”, reitera a economista Márcia Núbia.

Publicação

A Conjuntura Econômica do Estado de Alagoas é uma publicação regular da Seplande e tem como objetivo apresentar a performance da economia alagoana no primeiro semestralmente. O estudo inclui pesquisas, análises setoriais, índices econômicos, infográficos e notas técnicas.

A publicação apresenta informações de curto prazo sobre os segmentos primário, secundário e terciário da economia local. Os dados referem-se às atividades agrícolas, com foco nas lavouras temporárias e permanentes; indústria, além de informações relativas ao turismo e transportes, comércio, energia, balança comercial e finanças públicas.

O estudo aborda ainda o comportamento da produção, do consumo, das oscilações registradas no mercado de trabalho formal alagoano no primeiro semestre de 2011. Mais informações podem ser obtidas através do Portal Alagoas em Dados e Informações, no endereço eletrônico: http://informacao.seplande.al.gov.br/.