O secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, e o prefeito da cidade de Maceió, Rui Palmeira, participaram, nesta quinta-feira (25), da reunião da diretoria da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA), onde foi apresentado um estudo sobre os “Investimentos em Pernambuco e seus respectivos impactos em Alagoas”. A participação de ambos foi a convite do presidente da Federação, José Carlos Lyra de Andrade.
As reuniões, ocorridas na Casa da Indústria Napoleão Barbosa, acontecem mensalmente e servem para a discussão, entre o setor público e privado, de alternativas para melhorar o desenvolvimento do Estado como um todo. São dadas sugestões para o tráfego e para o problema da coleta de lixo, por exemplo, evitando conflitos futuros e buscando soluções para minimizar problemas já existentes.
Todos os meses algum convidado apresenta um estudo baseado em um tema que possa auxiliar os empresários presentes e a administração pública, no caso desse estudo, apresentado pela consultora Lívia Catão Barbosa, o objetivo foi atender a uma demanda do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A discussão girou em torno do fato da mão de obra qualificada do Estado, observado pelo fato da quantidade de vagas geradas pelas indústrias que estão chegando em Alagoas e que não são ocupadas pela mão de obra local.
De acordo com a consultora, um grande fator que impulsiona essa migração para Pernambuco é o Porto de Suape, que é o maior porto público do País e possui um raio de impacto de 120 km, atingindo principalmente os municípios de Maragogi e Japaratinga. “Até 2015 é previsto uma demanda de 150 mil postos de trabalho qualificados e até 2030, 430 mil empregos serão gerados, com uma oferta dessa é inevitável que o complexo de Suape não precise de mão de obra do Estado vizinho. Impactos de infraestrutura e produtivos também são alguns pontos que precisam ser analisados”, explicou Livia.
Para o secretário Luiz Otavio Gomes, esses impactos não devem ser considerados críticos. “Apesar de não termos um porto como Suape, vamos ter um aeroporto em Maragogi, por exemplo, que ficará a apenas 80km de Suape e vai suprir a carência que já existe no aeroporto de Recife, principalmente no que diz respeito ao descarregamento de cargas. É preciso captarmos as oportunidades e ter uma dinâmica produtiva para se integrar”, explicou.
O secretário também citou o fato que Alagoas já vendeu 150 fornos para a Abreu e Lima, através da Jaraguá Equipamentos, empresa com investimento de mais de R$ 1 bilhão, que atua na fabricação de produtos do setor naval e off-shore no Porto de Maceió. “Somos Estados complementares, Pernambuco também não conta com gás natural, enquanto nós produzimos cerca de dois milhões e meio de m³ por dia e só utilizamos entre 650 e 680 mil m³. Precisamos pensar em alternativas para equalizar esta conta”, questionou Luiz Otavio Gomes.
O prefeito Rui Palmeira acatou as sugestões do secretário e demais presentes, garantindo o apoio e o empenho do município para desburocratizar determinados processos. “A capacidade de investimento do município pode ser alavancada, por isso não medimos esforços para buscar o apoio do Governo Federal, o setor empresarial e manter o apoio do Governo Estadual, que é imensurável”, concluiu.
